Nas sociedades nas quais a "saída tardia" da casa da família é comum, as pressões estruturais que levam nessa direção são semelhantes. No entanto, a resposta cultural varia consideravelmente de uma sociedade para outra. A análise comparativa entre vários países sugere que fatores demográficos muito semelhantes assumem um grau diferente de significação e distintos padrões de sentido. De fato, o que há de mais comum entre os países a respeito da saída tardia de casa, são as respostas políticas de seus governos, uniformemente preocupados com o declínio da taxa de nascimentos. Quanto aos cidadãos comuns, o "fracasso em começar" varia de uma catástrofe social (Japão), passando por uma frustração estrutural mais leve (Espanha) até a não problematização, ao passo que para seus pares nórdicos, a capacidade de começar cedo é enfrentada sem hesitação, mas acompanhada pela aborrecida sensação de que as gerações não precisam tanto uma da outra como de fato deveriam precisar.
Saída Tardia da Casa da Família; Japão; Espanha; Países Nórdicos