O artigo busca discutir relações entre "violência" e "gênero" a partir de situações envolvendo formas de "luta por justiça" e expressão da dor por familiares de pessoas mortas pela polícia militar no Rio de Janeiro. Acompanhando situações diversas em que tais familiares, agrupados em redes de apoio e de organização política, buscam a condenação judicial dos policiais que mataram seus filhos, irmãos ou sobrinhos, procuramos refletir sobre o trabalho social de construção da "violência" e ilegitimidade desses assassinatos como inextricavelmente ligados às gramáticas de gênero e, em especial, ao protagonismo simbólico das "mães".
Violência; Gênero; Justiça; Família