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Olhando através dos Portões da Prisão: o acesso no campo da etnografia* * Agradeço aos egressos prisionais que me acolheram e compartilharam suas experiências para esta pesquisa. Também gostaria de agradecer ao Departamento de Prisões de Myanmar por confiar a mim o acesso a uma de suas prisões. Por último, agradeço a Bjørn Thomassen, Andrew Jefferson e Tomas Martin pelos comentários úteis oferecidos a este artigo. Esta pesquisa foi financiada pelo Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca como parte do projeto de pesquisa Legados da Detenção em Myanmar. Tradução: Thaís Camargo.

Resumo

Este artigo discute o conceito de “acesso” no contexto da etnografia. A concepção de Schatz do acesso como a identificação do ponto de observação mais próximo é o fundamento da discussão sobre 15 meses de trabalho de campo realizado em Myanmar para um estudo de experiências de encarceramento que obteve pouco acesso a essas instituições. O artigo vai além de uma compreensão de acesso definida em termos de um foco em dentro e fora e demonstra como acessar um campo a partir de vários pontos de observação possibilita várias perspectivas e qualifica compreensões nuançadas. O artigo demonstra como espaço, tempo e relações interpessoais afetam os pontos de observação acessíveis ao pesquisador. Adicionalmente, ele conclui que trabalhar com egressos prisionais após sua liberação oferece pontos de observação potencialmente claros que são inacessíveis dentro de prisões.

Prisão; Etnografia; Métodos Qualitativos; Acesso; Myanmar; Trabalho de Campo

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