Resumo
Durante a ditadura hetero-militar brasileira, discursos que relacionavam as homossexualidades à subversão justificaram a remoção de pessoas LGBTQIA+ dos espaços públicos. Este artigo trata da repressão de funcionários homossexuais do Ministério das Relações Exteriores (MRE) após a implementação do Ato Institucional n. 5 (AI-5). São analisados documentos referentes aos casos da Comissão de Investigações Sumárias de 1969 (CIS 69) e da Comissão de Anistia vinculada ao MRE de 1986. Os resultados relativizam o corporativismo do MRE, ressaltando a matriz heterossexual da instituição.
Ditadura militar; Homossexualidades; Itamaraty; Repressão