Resumo
Há um crescente e importante número de trabalhadoras sexuais brasileiras publicando sobre suas vidas e lutas, levantando questões centrais sobre os poderes, “verdades” e interesses que atravessem a produção de conhecimento sobre a prostituição. Neste texto, discuto o manuscrito, “Andando entre cabarés: conhecendo os saberes da putaria” (Clarindo; Zamboni; Martins, 2022), destacando suas valiosas contribuições conceituais e teóricas para este campo emergente e refletindo sobre o processo de revisão do artigo. A cuidadosa e rica etnografia de Clarindo, Zamboni e Martins nos instiga a mergulhar nas complexidades das relações entre o feminismo, a prostituição e a academia e entender que o conhecimento produzido em contextos de trabalho sexual não é apenas sobre a prostituição: é também sobre como resistir e sobreviver em tempos cada vez mais desiguais e injustos.
Prostituição; Putafeminismo; Produção de Conhecimento Feminista