Resumo
Neste texto proponho realizar uma breve reflexão sobre o legado de Néstor Perlongher, estabelecendo um contraponto entre alguns aspectos de sua obra e sua trajetória na Universidade Estadual de Campinas/Unicamp, onde foi aluno e professor. Minha intenção é articular aspectos de escritos sobre sua obra literária e sua militância pelos direitos homossexuais na Argentina, seus estudos sobre prostituição masculina e o percurso desse autor em nossa universidade. Interessa-me, particularmente, sua participação nas discussões que conduziram à criação do Pagu, com destaque para os debates sobre sexualidade e diferenças – que nesse momento não chamávamos de gênero, nem de interseccionalidades. Reflito sobre esse percurso tomando como referência a convivência com Néstor Perlongher e com colegas e amigos compartilhados, na universidade e em espaços públicos e íntimos, desde 1984 até sua morte.
Perlongher; Unicamp; Sexualidade; Interseccionalidades; Gênero; Prostituição