O aumento da incidência das infecções fúngicas, bem como o registro crescente de resistência e falha terapêutica, têm impulsionado a realização de estudos de prospecção de fitoquímicos com propriedades antifúngicas. Diante do exposto, o presente estudo investigou o potencial antifúngico de extratos de Baccharis ligustrina, B. schultzii, Croton jacobinensis, Licania rigida, Moringa oleifera, Vernonia sp. e V. brasiliana, e de óleos essenciais de Lippia alba (Quimiotipos 1, 2, 3 e 4) e Ocimum gratissimum. Inicialmente, foi realizada uma avaliação qualitativa da atividade antifúngica de cada amostra por meio do método de difusão em ágar, frente a cepas de Candida albicans e Microsporum canis, mostrando que apenas os extratos de M. oleifera (MLF-C) e Vernonia sp. (TVS-H) apresentaram atividade frente a C. albicans e M. canis, com halos de inibição =10mm. Também foram determinadas a concentração inibitória mínima (CIM), frente a 12 cepas de C. albicans e M. canis, e a toxicidade aguda de MLF-C e TVS-H, através de protocolos do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) e ensaio com Artemia sp., respectivamente. A CIM (80%) de MLF-C e TVS-H variou de 0,156 a 2,5mg mL-1 frente C. albicans e de 0,039 a 1,25 e 0,039 a 0,625mg mL-1 para M. canis, respectivamente. A CIM (100%) de MLF-C e TVS-H variou de 0,625 a 2,5mg mL-1 frente C. albicans é de 0,039 a 2,5 e 0,078 a 1,25mg mL-1 para M. canis, respectivamente. As doses letais (DL50) para o MLF-C e TVS-H foram de 201,09 e 204,17mg mL-1, respectivamente, sendo, portanto, demonstrada a baixa toxicidade desses extratos. Os extratos de M. oileifera e Vernonia sp. apresentaram atividade antifúngica frente cepas de C. albicans e M. canis, abrindo a perspectiva de estudos para caracterização dos seus componentes bioativos.
Atividade antifúngica; extratos vegetais; Moringa oleifera, Vernonia sp.; Candida albicans; Microsporum canis