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Estoques de C em Latossolos no planalto, Rio Grande do Sul, Brasil

RESUMO:

Aproximadamente 5% das emissões totais (0,11 Gt CO2 e GWP-AR5) têm origem no Rio Grande do Sul (RS), região agrícola representativa do Sul do Brasil. Este trabalho teve como objetivo avaliar os estoques de SOCS (estoques de C orgânico do solo) em Latossolos do Planalto do RS, com dados atualizados obtidos de campanhas de campo recentes e dados legados, e relacionar esses estoques de SOC com variáveis ambientais. Uma busca na literatura identificou 195 documentos com SOCS nas camadas de 0-30 cm e 0-100 cm. A média de SOCS (0-30 cm) nos Latossolos foi significativamente maior (73,6 Mg ha-1) do que o padrão sugerido pelo IPCC (55 Mg ha-1). Os maiores estoques (237 ± 39 Mg ha-1) foram medidos em Latossolos Brunos não cultivados, na camada de 0-100 cm. O solo Latossolo Vermelho distroférrico-LVdf (25% do Planalto), mais frequente, também apresentou SOCS elevado. Surpreendentemente, o Latossolos Vermelho Distrófico (LVd) também apresentou SOCS elevado, apesar da textura mais grossa. O SOCS estimado em Latossolos do Planalto é de 419,9 Tg C, 36% maior do que estudos prévios relatados. Concluímos que, apesar das mudanças significativas no uso da terra, os solos dessa região mantêm grandes SOCS que haviam sido subestimados em estudos anteriores.

Palavras-chave:
manejo do solo; mudanças climáticas; inventários de gases de efeito estufa; serviços ecossistêmicos

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