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Composição de substrato e ácido indolbutírico na estaquia de "alecrim de vaqueiro"

RESUMO:

O “alecrim de vaqueiro” é um arbusto lenhoso, aromático e perene, que ocorre nos estados do nordeste brasileiro, à exceção de Alagoas, Maranhão e Piauí. Muito utilizada na região, apresenta propriedades analgésica, vasodilatadora, anti-inflamatória e larvicida. Esse estudo teve como objetivo avaliar a influência de diferentes substratos e do ácido indolbutírico (AIB) sobre a estaquia de “alecrim de vaqueiro” (Eplingiella fruticosa (Salzm. ex Benth.) Harley & J.F.B.Pastore), visando identificar praticas mais eficazes para sua propagação. Estacas apicais foram colhidas de plantas matrizes, em estágio vegetativo, e padronizadas em 10cm, com dois pares de folhas. Foram conduzidos dois experimentos: o primeiro testou o efeito de três substratos (comercial, comercial + vermiculita e comercial + vermiculita + húmus) e o segundo avaliou cinco concentrações de AIB (0; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0g L-1) e três períodos de cultivo (30, 45 e 60 dias). O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Avaliou-se percentagem de sobrevivência das estacas (%S), percentagem de estacas enraizadas (%EE), comprimento da raiz por estaca (CRE), número de brotações por estaca (NBE), massa seca de folhas (MSF), massa seca de raiz (MSR) e massa seca total (MST). No primeiro experimento foram verificadas diferenças significativas para CRE, NBE, MSF, MSR e MST, com melhor desempenho para o substrato comercial. No segundo, não houve interação entre os fatores avaliados, contudo, foram identificados efeitos positivos tanto da adição de AIB, quanto dos tempos de cultivo sobre as variáveis CRE, NBE, MSF e MSR, atingindo incremento máximo com a concentração estimada de 1,5g L-1, aos 60 dias de cultivo.

Palavras-chave:
Lamiaceae; propagação vegetativa; plantas medicinais; Hyptis

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