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Estocagem de biomassa florestal da caatinga para melhoria da qualidade energética da madeira

RESUMO:

Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade energética da biomassa florestal, oriunda da caatinga, em função de diferentes tempos de estocagem no campo. O trabalho foi desenvolvido na região sul do Piauí, entre janeiro e fevereiro (época de chuvas). Foram coletadas amostras gerais, contendo galhos e troncos de várias espécies, e amostras de galhos e troncos separadamente, em 5 parcelas de 20x20m. As amostras gerais foram avaliadas no estado recém colhido e as amostras de galhos e toras após 15 e 30 dias de estocagem em pilhas. As análises realizadas foram: teor de umidade na base úmida; teor de cinzas e poder calorífico. O teor de umidade da biomassa recém colhida variou de 39% com dois dias após o corte a 79% em biomassa cortada e deixada distribuída no campo por 10 dias. Após estocagem em pilhas por 15 dias, os galhos ficaram com teor de umidade de 18% e as toras com 21%, e poder calorífico líquido de 3432kcal kg-1 e 3274kcal kg-1, respectivamente. Após 30 dias, os galhos ficaram com 13% e as toras com 21% de umidade, e poder calorífico líquido de 3672kcal kg-1 e 3240kcal kg-1, respectivamente. O teor de cinzas da biomassa foi baixo. O corte das árvores na época de chuva, com manutenção da biomassa em campo por 10 dias, proporcionou aumento do teor de umidade. Os galhos tiveram melhor comportamento durante a estocagem. Quinze dias de estocagem são suficientes para a biomassa da caatinga atingir alta qualidade energética.

Palavras-chave:
lenha; Piauí; poder calorífico; teor de umidade

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