O objetivo do trabalho foi avaliar as condições de atmosfera controlada em associação à baixa temperatura, visando a manter a qualidade e diminuir as perdas durante o armazenamento de pêssegos da cultivar 'Eragil'. Os frutos foram conservados nas seguintes condições: atmosfera refrigerada, atmosfera controlada com pressões parciais de 1,0kPa de O2 + 3,0kPa de CO2, 2,0kPa de O2 + 5,0kPa de CO2, 2,0kPa de O2 + 8,0kPa de CO2, sendo todos armazenados por um período de 57 dias, a -0,5°C. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com oito repetições de 10 frutos. Após 57 dias de armazenamento e dois dias de exposição a 20°C, os frutos em atmosfera controlada mantiveram maior acidez titulável e apresentaram menor incidência de escurecimento interno da polpa. Os sólidos solúveis e a taxa respiratória não apresentaram diferença entre as condições de armazenamento. Entretanto, todas as condições de atmosfera controlada apresentaram maior síntese de etileno e atividade ACC oxidase em relação ao armazenamento em atmosfera refrigerada. Após a exposição à temperatura de 20°C, os frutos armazenados em 2,0kPa de O2 + 8,0kPa de CO2 apresentaram maior degradação da firmeza, menor incidência de lanosidade, escurecimento da polpa e da epiderme, sendo esta a condição de atmosfera controlada mais eficiente para o armazenamento de pêssegos 'Eragil'.
Prunus persica L.; pós-colheita; escurecimento interno; lanosidade; qualidade