O cultivo do tomate de mesa em Goiás está estruturado numa proposta tecnológica baseada no uso intensivo de agrotóxicos, o que envolve riscos e danos potenciais à saúde dos trabalhadores. O objetivo deste trabalho foi utilizar a Análise de Correspondência Múltipla (ACM) para explorar a perfil do trabalhador da cultura de tomate de mesa quanto ao uso de agrotóxicos. Para isso, foram obtidas informações sobre fatores socioeconômicos e demográficos, percepção de risco, uso de agrotóxicos, uso de equipamento de proteção individual (EPI) e morbidade referida, por meio de questionário respondido por 96 trabalhadores da cultura de tomate de mesa, em seis municípios do Estado de Goiás. A Análise de Correspondência Múltipla (ACM) possibilitou definir três grupos de trabalhadores. No grupo 1, os que responderam que já se intoxicaram com agrotóxicos e não usam EPI porque dificulta o trabalho ou porque não têm costume. No grupo 2, os que responderam que não se intoxicaram com agrotóxico relataram que usam somente algum tipo de EPI porque os consideram desconfortáveis ou por outros motivos. No grupo 3, os que relataram usar EPI completo e que moram em barracas de lona na lavoura de tomate. Foi possível fazer correspondência entre as modalidades da pesquisa, o que não seria possível com o uso de estatística descritiva.
exposição aos agrotóxicos; uso de equipamento de proteção individual; análise multivariada