Em Anestesiologia Veterinária, busca-se continuamente a contenção farmacológica para estabelecer tratamentos, cruentos ou não, permitindo manipulações seguras e duradouras, dispensando a anestesia geral sem alterar, sobremaneira, os parâmetros fisiológicos. Visou-se empregar a dexmedetomidina em associação com a quetamina e o midazolam ou diazepam. A técnica anestésica foi aplicada em 30 cães hígidos, machos ou fêmeas, com pesos de 10 a 15kg e idades de 2 a 4 anos, distribuídos aleatoriamente em três grupos (GI, GII, GIII). O grupo I recebeu um pré-tratamento de atropina (0,044mg kg-1 SC), e após 15 minutos, a dexmedetomidina (3mg kg-1 IV), em dose única, aplicada durante dois minutos e uma dose de manutenção de dexmedetomidina (3mg kg h-1) juntamente com a quetamina (2mg kgh-1), completando-se para 20ml de solução fisiológica para infusão contínua, perfazendo uma hora de aplicação. O grupo II recebeu o mesmo tratamento de GI, entretanto, recebeu juntamente com a dexmedetomidina, o midazolam (0,2mg kg-1 IV) durante os dois minutos e outra dose, de 0,2mg kg h-1 junto com a dose de manutenção da dexmedetomidina e quetamina. O grupo III recebeu o mesmo tratamento de GII só que ao invés do midazolam, foi usado o diazepam (0,5mg kg-1 IV) como dose de indução e 0,5mg kg h-1 junto com a dose de manutenção. Foi avaliado o efeito das benzodiazepinas frente à associação anestésica, além dos parâmetros respiratórios, oxicapnométricos, índice bispectral e período de recuperação. Após o término da colheita, a avaliação estatística foi efetuada por meio de Análise de Perfil. A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a associação dos benzodiazepínicos promoveu sinergismo na sedação e miorrelaxamento, além de estabilidade cardiorrespiratória após pré-tratamento com atropina, sendo de grande valia como contenção farmacológica.
dexmedetomidina; quetamina; benzodiazepínicos; infusão contínua; cão