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Viabilidade do uso de drone aplicado no mapeamento da pesca artesanal comercial: um estudo de caso na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro

RESUMO:

Este artigo apresenta um estudo experimental para verificar a viabilidade de uso da tecnologia emergente UAV no mapeamento dos pesqueiros explotados pela pesca artesanal na Baía de Sepetiba, no sul do estado do Rio de Janeiro-Brasil, visando conhecer melhor a funcionalidade e informações geradas pelo equipamento, e se os dados poderão auxiliar na melhoria do gerenciamento da pesca local e também subsidiar informações para a implantação de uma rastreabilidade simplificada para o pescado regional. A área de estudo contemplou quatro localidades sendo Ilha da Madeira, Vila Geny, Coroa Grande e Ponte Preta, todas inseridas na Baía de Sepetiba, localizada no município de Itaguaí, região sul do estado do Rio de Janeiro. O mapeamento aéreo foi realizado nos meses de setembro, outubro e novembro de 2017, entre 10h e 12h (GMT-3), utilizando um VANT Phantom 3 Professional (DJI, Shenzhen, China), registro Anac Brasil PP-011092014. A câmera integrada é uma DJI 4K Edition Sony Exmor R Modelo IMX117: 7,81 mm equipada com sensor CMOS de 6,2 mm, resolução 4000 x 3000 de 12 megapixels, com lente f/2.8 e campo de visão (FOV) de 94, possuindo uma distância focal de 14 mm. As imagens foram coletadas perpendicularmente ao plano principal. A altura de voo foi fixada em 80 m, a velocidade de voo foi determinada com base na sobreposição de 80%, dimensão da área a ser mapeada e duração da bateria. Assim, o operador utilizou uma velocidade média de voo de 25 km/h. a distância da amostra terrestre (GSD) foi de 1,20 cm/px. e foi estabelecida uma sobreposição de 80% entre as imagens para evitar possíveis falhas e lacunas de informações do ortomosaico. Para cada pesqueiro mapeado foi realizado o processamento padrão do software, que consiste em: alinhamento das fotos, criação da nuvem de pontos, criação de modelo de elevação digital, e finalmente o ortomosaico propriamente dito. Uma vez processado, os ortomosaicos foram exportados do Agis Soft Photo Scan Professional para o Google Earth (Google Inc.), onde é possível fazer uma avaliação mais abrangente dos pesqueiros de uma maneira muito mais prática e rápida. Foram realizados um total de quatro voos, um para cada área de estudo, com duração média de 10 minutos cada. Como resultado, a tecnologia mostrou-se viável de aplicação, uma vez que possibilitou identificar e mapear as áreas definidas para nesta pesquisa, gerando dados como distância e características do local, que poderão ser utilizados para rastrear o pescado capturado e desembarcado, além de possibilitar o monitoramento das embarcações e da pesca e assim, aprimorar o gerenciamento da pesca local.

Palavras-chave:
pescado; pesca artesanal; aeromapeamento; remotely piloted aircraf; rastrabilidade

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