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Crescimento e ambiente luminoso de espécies frutíferas em sistemas silvipastoris para criação de novilhas leiteiras

RESUMO:

Sistemas silvipastoris beneficiam tanto o bem-estar animal como a sustentabilidade, pois as árvores removem o carbono da atmosfera, reduzindo o efeito estufa. O objetivo foi identificar as fruteiras mais promissoras para inclusão em sistemas silvipastoris. Este experimento foi conduzido na Embrapa Agrossilvipastoril, entre 2014 e 2018. Cinco sistemas silvipastoris com fruteiras e ‘Tifton-85’ foram projetados para avaliar o crescimento das árvores e o ambiente luminoso sob as copas. Os dados foram analisados com SAS® e PDIFF (P < 0,10). As cajazeiras apresentaram as maiores alturas (5,4 m) e maiores diâmetros do tronco (23,4 cm), enquanto as aceroleiras tiveram os menores (1,8 m e 8,3 cm, respectivamente). Aos 42 meses (seca de 2017), cajazeiras, cajueiros e goiabeiras apresentavam alturas semelhantes. As goiabeiras apresentaram a maior interceptação de luz (89,3%), as cultivares de cajueiro proporcionaram níveis médios de sombra (50 a 60% LI) e com maior constância entre as estações chuvosa e seca. Os sistemas que apresentaram maior interceptação de luz durante o período de seca foram aqueles com CCP76 em 2017 e EMB51 em 2018. Maiores incidências de comprimentos de onda da composição espectral da luz ocorreram entre os períodos de chuva (2015) e seca (2017) e maiores diferenças na proporção de vermelho: vermelho distante em 2015. Em 2018, não havia mais diferenças entre as estações chuvosa e seca para a composição espectral da luz sob as copas das árvores. Os cajueiros e as goiabeiras têm crescimento e ambiente luminoso adequado para suportar sistemas silvipastoris, mas as cajazeiras e aceroleiras apresentam limitações.

Palavras-chave:
cajueiro; cajá; goiaba; interceptação de luz; composição espectral

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