O estudo foi realizado com o objetivo de avaliar modelos de predição do valor de energia metabolizável aparente corrigida (EMAn) do milho para aves. Foi organizado um banco de dados contendo informações de experimentos, publicados na literatura nacional entre os anos de 1994 a 2007. Foram utilizados dados de composição química, valores de energia bruta e EMAn de 97 amostras de milho, provenientes de estudos em que os valores de EMAn foram determinados pelo método tradicional de coleta total de excretas com pintos de linhagem de corte. Avaliaram-se cinco modelos, sendo quatro deles sugeridos para estimar a EMAn do milho e um para estimar EMAn de alimentos energéticos. Os modelos estudados foram: EMAnC1 = 36,21*PB + 85,37*EE + 37,26*ENN; EMAnC2 = 37,50*PB + 85,37*EE + 38,21*ENN; EMAnC3 = 4021,8 - 227,5*MM; EMAnC4 = 4337,27 - 57,17*FDN; e EMAnC5 = 4371,18 - 26,48*PB + 30,65*EE - 126,93*MM - 52,26*FB - 25,14*FDN + 24,40*FDA. Os valores de EMAn estimados pelos modelos foram comparados com os valores observados utilizando-se a análise de regressão. Em todos os modelos avaliados, houve rejeição (P<0,001) da hipótese de nulidade, demonstrando diferenças entre os valores de EMAn observados e calculados. No desdobramento do quadrado médio do erro de predição (MSD) em seus componentes, constatou-se que os dados simulados pelos modelos EMAnC1, EMAnC3 e EMAnC5 apresentam desvios de magnitude e padrão de flutuação em relação aos dados observados. Por outro lado, verificou-se que as estimativas realizadas com os modelos EMAnC2 e EMAnC4 tiveram predomínio do componente que expressa o vício de predição, indicando o viés constante observado na relação entre os valores observados e preditos. Concluiu-se que nenhum dos cinco modelos estudados permitiu estimar com precisão e acurácia os valores de energia metabolizável aparente corrigida do milho para aves.
alimentos; energia metabolizável aparente; simulação de modelos; nutrição