RESUMO:
A contaminação de superfícies por micro-organismos patogênicos e deteriorantes é uma preocupação constante na indústria de alimentos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana de nanopartículas de prata (AgNPs) produzidas utilizando óleo essencial de Lippia origanoides Kunth e extrato etanólico da Hymenaea martiana Hayne, frente a bactérias de importância na contaminação em áreas de processamento do leite. Para isso, as AgNPs foram sintetizadas e sua atividade antimicrobiana foi avaliada através das concentrações inibitória e bactericida mínimas, tempo de morte, interferência sobre o biofilme, e por fim, a sua aplicação sobre superfícies de diferentes materiais. As AgNPs apresentaram atividade bacteriostática e/ou bactericida frente à Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Staphylococcus aureus (ATCC 33591), Escherichia coli (ATCC 25922), Salmonella enterica subsp. enterica serovar Choleraesuis (ATCC 10708), Listeria monocytogenes, Escherichia coli, Salmonella spp. e Pseudomonas aeruginosa, e interferiram na formação do biofilme mais do que sobre o biofilme consolidado. O tempo de uma hora foi o suficiente para reduzir as populações bacterianas, enquanto o Minimum Duration for Killing MDK 99% foi atingido próximo a 30 minutos. As AgNPs foram eficientes contra bactérias aderidas ao inox e ao polietileno. Assim, tendo em vista a crescente resistência microbiana e o desenvolvimento de novos produtos baseados nos conceitos da química verde, essas nanopartículas de prata apresentam-se como uma nova possibilidade de uso nos processos de higienização da indústria de alimentos.
Palavras-chave:
antibacteriano; Hymenaea martiana Hayne; Lippia origanoides Kunth; nanotecnologia; síntese verde