RESUMO:
Esse estudo comparou efeitos cardiovasculares e respiratórios da dexmedetomidina e xilazina na anestesia total intravenosa com propofol, cetamina e lidocaína. Foram submetidas a ovário-histerectomia 21 cadelas, pré-medicadas com acepromazina, anestesiadas com propofol em taxa variável. As cadelas foram intubadas e suplementadas com oxigênio 100% em circuito sem reinalação de gases em ventilação espontânea. Após a indução, foram distribuídas em três grupos (n=21): controle (CON) com cetamina (2 mg/kg + 0,6 mg/kg/h) e lidocaína (2 mg/kg + 3 mg/kg/h), DEX e XIL com os mesmos fármacos do CON, associados à dexmedetomidina (2 µg/kg + 1 µg/kg/h) ou xilazina (0,2 mg/kg + 0,1 mg/kg/h). Durante a anestesia, foram avaliados o consumo de propofol, resgate analgésico de fentanil, parâmetros cardiorepiratórios e hemogasométricos. O grupo DEX apresentou menor consumo de propofol (0,16 ± 0,09 mg/kg/min) comparado ao CON (0,24 ± 0,09 mg/kg/min), ambos sem diferir de XIL (0,23 ± 0,09 mg/kg/min). A pressão arterial média foi maior após o bolus inicial em DEX (107 ± 8 mmHg) e XIL (96 ± 11 mmHg) comparadas ao grupo CON (80 ± 10 mmHg). Houve maior acúmulo de gás carbônico arterial e diminuição do pH no grupo CON. O número total de resgates com fentanil não diferiram entre DEX (7) e XIL (6), e foram inferiores ao CON (16). Conclui-se que a dexmedetomidina e xilazina reduziram o consumo de fentanil transoperatório em comparação à infusão isolada de cetamina e lidocaína. Porém, nesse estudo apenas a dexmedetomidina promoveu menor consumo de propofol e maiores valores de pressão arterial.
Palavras-chave:
infusão continua; agonistas alfa-2 adrenérgicos; analgesia; efeito poupador; castração
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