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Proposição de técnica e comparação de materiais para confecção de corda cirúrgica

RESUMO:

O fio cirúrgico não metálico com maior resistência à tração é o poliéster nº 5. Comparando a sua resistência com a do ligamento cruzado cranial de cães e do tendão gastrocnêmico canino até suas rupturas, é possível perceber uma resistência consideravelmente inferior da parte do implante. Com objetivo de alcançar grandes resistências mecânicas a partir de fios de sutura, estes foram agrupados e torcidos, resultando em uma corda cirúrgica ajustável de acordo com a necessidade do paciente. Foram analisadas a metodologia de confecção, a conformação final e a resistência à tração, baseados em três modelos de fios: “A” (poliglactina 910 nº 1), “B” (poliéster nº 1) e “C” (poliéster nº 5). Considerando as médias de espessura e carga final, os implantes “B” obtiveram menores valores do que “A”, indicando que cordas de poliglactina 910 são mais resistentes que as de poliéster. Ademais, os implantes “C” resultaram nos maiores valores de carga e espessura, indicando que a espessura final é preditiva para resistência à tração. O poliéster nº 1 foi o único a gerar regressão linear para carga suportada, garantindo o incremento de 25,34 Newtons (N) a cada fio acrescido ao implante, o que sugere seu uso para criação de cordas não absorvíveis. A utilização da poliglactina 910 nº 1 promove médias de carga superiores ao poliéster nº 1, portanto, é indicada para confecção de cordas cirúrgicas absorvíveis.

Palavras-chave:
implante; ligamento; poliéster; poliglactina 910; tração

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