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Propriedades anti-Ehrlichia da fração diclorometânica de Ageratum conyzoides associada com doxiciclina: estudo in vitro

RESUMO:

O crescente número de casos de erliquiose canina por Ehrlichia canis em hospitais e clínicas veterinárias tem demonstrado a necessidade de um novo protocolo de medicamentos para essa doença. A doxiciclina é usada para tratar a erliquiose, mas a resistência do microrganismo a esse protocolo de tratamento, bem como os diversos efeitos colaterais para os animais, tornou-se uma preocupação. Vários estudos têm demonstrado interação positiva com extratos de plantas e fármacos, que permitem a redução da concentração necessária para produzir o efeito desejado, minimizando os efeitos adversos. Este estudo determinou a eficiência da combinação da fração diclorometânica (DCM) de Ageratum conyzoides L. com atividade anti-Ehrlichia canis associada com doxiciclina por meio do ensaio de Checkerboard. O material vegetal foi coletado em São Luís, Maranhão, nordeste do Brasil, seguido pela extração em MeOH:H2O (8:2) e partição da fração diclorometânica. Após a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) da fração em estudo frente às células DH82 infectadas com Ehrlichia canis, a mesma foi combinada com a doxiciclina para derivação do Índice de Concentração Inibitória da Fração (Índice CIF). Observou-se uma redução de 5,83 vezes a concentração inibitória mínima da doxiciclina mostrando que esta fração de A. conyzoides, composta predominantemente por lignanas identificadas por espectrometria de massas, notavelmente intensificou a atividade desse fármaco contra E. canis, resultando em um efeito sinérgico.

Palavras-chave:
Ehrlichia canis; terapia alternativa; tetraciclina; “catinga-de-bode”; células DH82

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