RESUMO:
O presente estudo teve por objetivo averiguar, em condições de laboratório, alterações na atividade locomotora de populações de traça-das-crucíferas, expostas a superfícies tratadas com o inseticida clorantraniliprole. Populações de Plutella xylostella provenientes dos municípios com uso inadequado de inseticida: Camocim de São Félix-PE (CSF), Sairé-PE (SR), Lajedo-PE (LJ) e duas populações de laboratório: Recife-PE (RCF) e Viçosa-MG (VÇS) foram expostas a resíduos secos do inseticida, em concentrações crescentes. Estas populações tiveram os seguintes parâmetros comportamentais analisados: Tempo de caminhamento (TC), Velocidade Média de caminhamento (VMC) e Tempo de Repouso (TR). Com relação ao TC, as populações de SR e CSF demonstraram comportamento de irritabilidade, aumentando o tempo de caminhamento com o aumento da concentração de exposição. A população de RCF apresentou resposta contrária. Em relação ao parâmetro VMC, as populações de SR e CSF apresentaram tendência de redução nos valores com o aumento da concentração de exposição. As populações de LJ e RCF não apresentaram mudanças deste comportamento. Para a variável TR, a população de SR apresentou redução nesses valores, com o aumento da concentração do inseticida. De forma geral, as populações de SR e CSF apresentaram um padrão de comportamento diferente das populações de laboratório. Estas alterações na atividade locomotora podem resultar numa menor eficácia de controle do inseticida devido à irritabilidade ou fuga. Quanto ao efeito das concentrações usadas do inseticida entre populações, de forma geral, não foi possível observar um padrão definido, tendo este efeito alternado entre aumento, redução e padrão não definido para as variáveis estudadas.
Palavras-chave
falha de controle; dose sub-letal; resposta comportamental; inseticida sintético; clorantraniliprole