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Paraparesia secundária a migração errática de Dioctophyma renale em cão

RESUMO:

Uma cadela errante, com 16kg de peso e aproximadamente 4 anos de idade foi submetida ao exame físico por demonstrar déficit de locomoção dos membros pélvicos. A mielotomografia revelou compressão extradural da medula espinhal, no segmento toracolombar. A paciente foi submetida a uma hemilaminectomia exploratória T13-L1 e L1-L2, na tentativa de descompressão do segmento mencionado. Durante a cirurgia, foi observado um parasita nematódeo adulto, identificado como Dioctophyma renale , localizado no espaço extradural e causando compressão medular. Instituída fisioterapia pós-operatória, a cadela apresentou melhora clínica após 15 dias do procedimento cirúrgico, mantendo-se em estação com capacidade para movimentar os membros pélvicos e passou a caminhar 60 dias após a cirurgia. Dessa forma, pode-se considerar a migração errática deDioctophyma renale como diagnóstico diferencial para pacientes com paraparesia e padrão de lesão extramedular, especialmente em regiões nas quais a parasitose seja endêmica.

Palavras-chave:
dioctofimatose; paraplegia; neurologia; canino.

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