RESUMO:
Enduro e corrida são esportes completamente diferentes e, portanto, requerem adaptações diferentes do organismo para alcançar o desempenho físico. Este estudo teve como objetivo examinar a diferença no metabolismo lipídico basal em cavalos Árabes submetidos a diferentes regimes de treinamento, para resistência e para corrida e possível diferença de gênero. Sessenta cavalos árabes machos e fêmeas foram estudados, trinta treinados para corrida e trinta treinados para corridas de enduro de 80 km. As análises realizadas foram escore de condição corporal, peso corporal, índice de massa corporal, porcentagem de gordura corporal e sangue coletado para determinação de triglicerídeos, colesterol total, proteínas de baixa densidade, proteínas de alta densidade e ácidos graxos não esterificados. A ultrassonografia da espessura da camada de gordura subcutânea foi realizada sobre o músculo longissimus dorsi, espessura da gordura da garupa e seção transversal do músculo glúteo médio. Árabes de corrida apresentaram maiores valores de todos os parâmetros lipídicos estudados e área de secção transversa do músculo glúteo médio. Não houve diferença quanto ao gênero quando estudamos machos e fêmeas praticantes do mesmo esporte, com exceção da região dos músculos glúteos. Os resultados deste estudo mostram que o perfil lipídico é mais influenciado pelo tipo de exercício do que pelo gênero, sendo mais eficiente nos cavalos de enduro.
Palavras-chave:
metabolismo energético; oxidação de ácidos graxos; exercício intenso; cavalos