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Peso corporal e química sanguínea de quatis selvagens que consomem alimento humano descartado

RESUMO:

O quati (Nasua nasua, Linnaeus 1766) é uma espécie generalista que alimenta-se de comida humana frequentemente descartada em lixeiras ao redor de locais de turismo ecológico. Investigou-se o peso corporal e algumas variáveis da química sanguínea relacionadas à dieta de quatis selvagens de três parques: Parque Municipal das Mangabeiras (PM), Parque Nacional do Caparaó (PNC) e Estação Ecológica Água Limpa (EEAL). Testou-se o plasma de 75 quatis para lipoprotequatis sitaabeiras (PM), Parque Nacional do Caparaó (PNC) aspartato transaminase (AST), gama-glutamil transferase (GGT), colesterol (Chol), triglicerídeos (Trig) e fosfatase alcalina (ALP). Machos e fêmeas adultos não diferiram significativamente quanto a peso (P > 0,05) e índices de química sanguínea (P > 0,05). Os quatis adultos do PM foram mais pesados em relação aos quatis adultos dos outros dois parques. Houve diferenças significativas em HDL (P < 0,04), AST (P < 0,001), ALT (P < 0,001) e GGT (P < 0,001) entre os adultos dos três parques. Apenas ALT e ALP foram significativamente diferentes (P < 0,05) entre os quatis jovens. Os resultados sugerem que os quatis dos três parques apresentam diferentes estados de saúde. O consumo de alimentos humanos descartados parece afetar o peso corporal dos quatis do PM. Os quatis do PNC e da EEAL apresentaram perfis químicos sanguíneos sugestivos de doença hepática. Recomendamos a realização de programas de educação ambiental aos visitantes e investigações clínicas adicionais nos quatis desses parques.

Palavras-chave:
fisiologia; turistas; lixo; Nasua nasua; química do soro

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