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Digestão anaeróbia de dejetos de poedeiras alimentadas com dietas contendo diferentes fontes minerais e níveis de óleo de alecrim

RESUMO:

O objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade no processo de digestão anaeróbia e a produção de biogás dos dejetos de poedeiras alimentadas com dietas contendo diferentes fontes de minerais e níveis de óleo de alecrim. Os dejetos foram provenientes de 288 poedeiras semipesadas, com 30 semanas de idade, colhidos por 112 dias. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com esquema fatorial 2x3, com medidas repetidas no tempo, sendo as dietas com duas fontes minerais (inorgânica e orgânica) e três níveis de óleo de alecrim (0, 100 e 200 mg kg-1). Foram utilizados 12 biodigestores contínuos (7,5 kg), operados com tempo de retenção hidráulica de 30 dias, com cargas diárias com 5% de sólidos totais, por 90 dias. Foram realizadas análises semanais do afluente e efluente mensurando-se os valores de sólidos totais (ST), sólidos voláteis (SV), pH, nitrogênio amoniacal (N amoniacal), alcalinidade parcial (AP), alcalinidade intermediária (AI) e a relação AP:AI; quinzenalmente análises das concentrações de nitrogênio total (N) e de fósforo total (P) e diariamente mensuradas as produções de biogás para calcular o potencial de produção de biogás do dejeto. Dejetos de poedeiras alimentadas com minerais orgânicos apresentam maior potencial de produção de biogás, maiores reduções de ST e SV em relação àquelas alimentadas com minerais inorgânicos. A adição de óleo de alecrim na dieta de poedeiras não oferece riscos de falência para o processo de digestão anaeróbia.

Palavras-chave:
biodigestores contínuos; biogás; Rosmarinus officinalis

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