O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a função osteoindutora atribuída aos fragmentos ósseos conservados em glicerina a 98%, por trinta dias, à temperatura ambiente. Esses fragmentos foram obtidos de fêmures e tíbias de ratos doadores. O implante desta matriz óssea foi realizado no tecido subcutâneo e intramuscular de ratos receptores. Análise histopatológica foi realizada no 30º, 60º e 90º dia após o implante. Aos 30 dias, notou-se resposta osteogênica positiva, inclusive com mielogênese, que aos 60 e 90 dias foram efetivamente concluídas. Nesses períodos, observou-se a presença de fragmentos de matriz óssea calcificada, sugerindo que fossem tecido ósseo neoformado a partir da atividade osteoblástica observada aos 30 dias. Diante desses resultados, concluiu-se que a glicerina é um bom meio para conservação de fragmentos ósseos para uso em enxertos, uma vez que a função osteoindutora foi preservada.
osteoindução; glicerina; enxerto ósseo