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Modelos matemáticos para ajustes na quantificação da volatilização de amônia do fertilizante ureia aplicado em pastagens tropicais

RESUMO:

No Brasil, a ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado para melhorar a produção de forragem. No entanto, seu uso excessivo pode causar impactos ambientais por meio de perdas de nitrogênio (N), como a volatilização da amônia (NH3). Portanto, o objetivo do presente estudo foi ajustar a volatilização de NH3 da ureia aplicada em pastos tropicais em três condições de chuva utilizando modelos matemáticos. Dados foram coletados de pastos de capim-marandu (Brachiaria brizantha) adubado com 50 kg N ha-1 em condições úmidas, intermediárias e secas. A volatilização da NH3 foi medida em cinco câmaras semiabertas durante 21 dias. Os modelos, linear, quadrático, exponencial, Gompertz, Groot e Richards foram testados para ajuste e estimativa da volatilização do NH3. Os modelos de Gompertz, Groot e Richards geraram predições semelhantes aos dados observados, com alto coeficiente de determinação, indicando um melhor ajuste dessas equações aos dados, com acurácia e precisão. No entanto, o modelo Groot foi selecionado devido ao menor erro quadrático médio das predições (0,29% de N total perdido como NH3). A maior volatilização de NH3 ocorreu em condições climáticas úmida, seguido por intermediária e seca (20,2; 17,0 e 11,3% de N total perdido como NH3, respectivamente). Portanto, as perdas de N como volatilização de NH3 após a aplicação de 50 kg N ha-1, como fonte de ureia, são alteradas de acordo com as condições climáticas, atingindo a 20% do N adicionado nas condições úmidas. O modelo Groot é recomendado para ajuste e estimativa da volatilização de NH3 da ureia aplicada em pastos de capim Marandu em condições úmidas e secas.

Palavras-chave:
adubação sintética; capim-marandu; modelo matemático; pastagem tropical; ureia; volatilização de amônia

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