O objetivo do presente trabalho foi avaliar o enraizamento de estacas caulinares e radiculares de cultivares de amoreira-preta, coletadas em diferentes épocas, armazenadas a frio e tratadas com AIB. No primeiro experimento, estacas radiculares e caulinares da amoreira-preta 'Tupy' foram coletadas no momento da poda hibernal, realizada nas seguintes épocas: 07/06, 22/06, 08/07, 22/07, 06/08 e 20/08 de 2009. Já no segundo experimento, metade das estacas caulinares e radiculares da mesma cultivar foi armazenada a frio por 30 dias e a outra metade das estacas foi colocada diretamente para enraizar. Todas as estacas foram tratadas com diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB): 1000, 2000, 3000 e 4000mg L-1 por 10s., além do controle composto somente por água. No terceiro experimento, foram coletadas estacas radiculares das cultivares 'Choctaw', 'Ébano', 'Guarani', 'Arapaho', 'Brazos', 'Cherokee', 'Comanche', 'Caingangue', 'Tupy' e 'Xavante' na poda realizada no dia 22 de junho do ano seguinte. As estacas foram armazenadas a frio por 30 dias e não foi realizado tratamento com AIB. Em ambos os experimentos, as estacas caulinares foram enterradas 2/3 de seu comprimento na posição vertical e as estacas radiculares foram totalmente imersas na posição horizontal, utilizando a vermiculita de grânulos finos como substrato, em telado com sombreamento de 50%. Após 90 dias, pode-se concluir que as estacas radiculares apresentam melhores resultados, devendo ser armazenadas a frio e não tratadas com AIB, mas há diferença do potencial propagativo entre os cultivares de amoreira-preta.
Rubus spp.; propagação; ácido indolbutírico