RESUMO:
Este estudo teve como objetivo avaliar radiograficamente as alterações no alinhamento da tíbia nos planos frontal e sagital em cães submetidos à osteossíntese minimamente invasiva com placa (MIPO) sem o auxílio de intensificadores de imagem. Foram incluídas e avaliadas radiografias de cães com fraturas completas da tíbia não articulares submetidos a MIPO, sem o auxílio de intensificador de imagem transoperatório e/ou associação de implantes. Os ângulos mecânicos tibiais (mMPTA, mMDTA, mCaPTA e mCrDTA) foram mensurados por três avaliadores. Os dados obtidos pela média de todas as avaliações foram comparados com resultados de estudos previamente publicados. Vinte e sete animais foram incluídos no estudo. A média e desvio padrão das alterações angulares foram os seguintes: mMPTA= 2,54° ± 3,10 (-1,1º a 8,7º); mMDTA= 0,03º ± 0,16 (-3,44º a 0,79º); mCaPTA= 37º ± 4,29 (-6,23º a 14,87º); e mCrDTA= 8,25 ° ± 5,53 (-0,2º a 17,28º). Houve uma correlação negativa entre “mCaPTA” e “mCrDTA”. A realização de MIPO em tíbia sem o uso de intensificadores de imagem e associação de implantes pode causar alterações angulares, o que pode levar a deformidades clinicamente relevantes após a cicatrização óssea.
Palavras-chave:
deformidades angulares; eixo mecânico; fratura; MIPO