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Validação de aparelho para detecção de corpos estranhos metálicos em bovinos

RESUMO:

A ingestão de corpos estranhos, principalmente metálicos (CEM), pelos bovinos é frequente e pode levar à sua morte. Para fins diagnósticos, as provas de dor reticular são usados de forma rotineira, sendo ainda pouco usual a ferroscopia, mesmo como auxílio diagnóstico. Neste trabalho procurou-se validar a aplicação do detector de metais (DM), marca GMS 120 Professional BOSCH® no reconhecimento de CEM na espécie bovina, além de descrever seu uso em casos a campo. CEM (n=50) de forma, tamanho e peso variados foram selecionados e avaliados com o DM, inicialmente sobre uma superfície plana e inerte e depois in vivo em uma vaca com fístula ruminal. Retrospectivamente, acessou-se um banco de dados dos anos 2000 a 2017 com 122015 bovinos, com 31865 bovinos atendidos após a introdução do DM no ano de 2013. Prospectivamente, avaliaram-se 15 vacas positivas para o teste de dor reticular, oito vacas foram diagnosticadas com CEM através do DM. A distância média para a melhor detecção dos CEM na superfície inerte foi de 4,6 cm. Em vaca fistulada não foi possível detectar nenhum CEM, independentemente do tamanho e peso do material. A campo, após a introdução do uso do DM aumentou a capacidade de detecção dos CEM. O DM pode ser considerado um auxílio diagnóstico em situações específicas. Dependendo da condição corporal do bovino, falsos negativos podem ocorrer com o uso do aparelho GMS 120 Professional Bosch®.

Palavras-chave:
diagnóstico; corpos estranhos; detector de metal; retículoperitonite-traumática

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