Resumo
O objetivo foi identificar a relação entre Transtorno Mental Comum (TMC) e a ingestão dietética de universitários da área saúde. Foram entrevistados 432 estudantes, regularmente matriculados em um dos cursos da área da saúde em uma universidade pública, no município de Fortaleza, Ceará, entre abril e dezembro de 2018. Utilizou-se o Self Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) para rastreio de TMC. O consumo alimentar foi avaliado por meio do Recordatório de 24 horas e, para a avaliação da atividade física, utilizou-se o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão curta. Modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar a relação entre ingestão de energia e nutrientes, e rastreamento positivo para TMC. Os modelos foram ajustados por idade, sexo e atividade física. A prevalência de TMC foi de 44,5%, sendo maior nas mulheres. Os indivíduos com rastreamento positivo para TMC apresentaram menor frequência de atividade física e maior média de ingestão de açúcar de adição, gordura saturada e menor média de ingestão de sódio e fibras, independente da idade, sexo e atividade física. O presente trabalho demonstrou altas prevalências de TMC entre os universitários, estando associada com maior ingestão de açúcar de adição e gordura saturada e menor ingestão de fibras.
Palavras-chave: Transtorno mental; Estudantes; Consumo alimentar; Estilo de vida