Trata-se de reflexões teóricas pautadas na crítica às práticas que incluem a família no tratamento do indivíduo em serviços de saúde. Objetiva-se problematizar a organização do trabalho em saúde a partir da clínica que concebe o discurso do homem com base no inconsciente. Quando um integrante da família busca auxílio, os profissionais desenvolvem práticas pautadas na concepção de família como um sistema harmônico, tentando restabelecer o equilíbrio perdido. Este ideal exclui a maneira pela qual cada integrante da família significa sua história e seus laços com os demais membros. Conclui-se que qualquer demanda de cuidado deve ser escutada em sua singularidade, pois o ideal familiar impossibilita o entendimento da emergência do sujeito.
Saúde da família; Psicanálise; Atenção à saúde