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Capital social e subutilização de medicamentos por motivos financeiros entre idosas: evidências de dois inquéritos brasileiros

Este estudo transversal apresenta estimativas de prevalência e avalia o papel dos fatores sociodemográficos, condições de saúde, características do sistema de saúde e contextuais na subutilização de medicamentos por motivos financeiros entre as mulheres mais idosas. Participantes do Inquérito de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e do décimo primeiro seguimento do Estudo de Coorte de Idosos de Bambuí foram avaliadas. Na RMBH, a prevalência da subutilização foi de 11,4%, e em Bambuí, foi de 5,4%. Autopercepção de saúde (OR = 3,46; IC95% = 1,329,10); limitações da vida diária (OR = 2,75; IC95% = 1,31-5.78) e percepção de ajuda (OR = 2,36; IC95% = 1,07-5,25) apresentaram associações independentes com a subutilização para as residentes na RMBH. Já a pior percepção de coesão ao bairro de moradia (OR = 2,38; IC95% = 1,02-5,56) e a pior percepção do ambiente físico (OR = 2,58; IC95% = 1,10-6,03) aumentaram significativamente a chance de subutilização em Bambuí. Estes resultados apresentam importantes evidências na identificação de fatores de risco para a subutilização e apontam para a necessidade de desenvolver estratégias para ampliar a integração das idosas em sua comunidade de modo a reduzir o impacto da subutilização na velhice.

Subutilização por motivos financeiros; Capital social; Mulheres; Idosas; Farmacoepidemiologia


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