Resumo
O objetivo do artigo é examinar diferenças nos sintomas da narrativa suicida e da síndrome de crise de suicídio e ideação suicida entre aqueles que mantiveram, perderam e ganharam emprego ou status educacional durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo transversal baseado em um questionário online. Os indivíduos foram recrutados por meio de plataformas de mídia social entre novembro de 2020 e outubro de 2021. As mudanças no status ocupacional foram avaliadas em 2.259 indivíduos. A amostra foi dividida em grupos de acordo com as mudanças do status ocupacional: (1) aqueles que mantiveram, (2) aqueles que perderam, (3) aqueles que ganharam e (4) desempregados. Desfechos suicidas foram avaliados através do Inventário da Narrativa Suicida, Inventário da Crise Suicida e Columbia - Escala de Classificação da Gravidade do Suicídio. Mudanças no status ocupacional influenciaram sintomas da síndrome de crise de suicídio e narrativa suicida, mas não a ideação suicida. Aqueles que mantiveram seu emprego apresentaram menos sintomas de narrativa suicida e síndrome de crise de suicídio, comparados aos que perderam o emprego e aos desempregados. Esses achados sugerem que é apropriado considerar mudanças no status ocupacional como fator de risco para saúde mental durante pandemias.
Palavras-chave:
Mudanças na ocupação; Saúde mental; Ideação suicida