Resumo
Este artigo tem por objetivo verificar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e Depressão entre Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Estudo descritivo transversal, tendo como população alvo os Agentes Comunitários de Saúde e os trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial, vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas, RS, Brasil. A presença de transtornos mentais comuns foi considerada quando o Self Report Questionnaire (SRQ) > 7 e a ocorrência de depressão quando Beck Depression Inventory II (BDI II) > 12. No total, 257 profissionais participaram do estudo. Dentre os profissionais da saúde mental (n = 119), a prevalência de TMC foi de 25,2% e de depressão de 23,5%. Já a prevalência de TMC foi de 48,6% e de depressão de 29,0% entre os ACS (n = 138). A proporção de TMC entre os dois grupos de profissionais foi estatisticamente diferente (p < 0.001). Neste estudo, pode-se observar que os profissionais dos CAPS estão mais adaptados às questões laborais, percebem-se com menor prejuízo para a saúde decorrente do trabalho e também apresentaram menor prevalência de transtornos mentais quando comparados aos ACS.
Palavras-chave Profissionais da saúde; Transtornos mentais comuns; Depressão; Agente comunitário de saúde; Centro de Atenção Psicossocial