Resumo
A trajetória histórica vivenciada pelos povos indígenas no Brasil coadunou numa complexa situação social que se estende com precariedade e evidentes disparidades traduzidas em pior perfil de pobreza, escolaridade e de saúde em relação a outros segmentos da sociedade nacional. As políticas de saúde direcionadas para os povos indígenas não conseguiram até a atualidade superar as lacunas do cuidado especializado, persistindo a atenção fragmentada e emergencial, manutenção de péssimo quadro de morbimortalidade, iniquidades de acesso aos serviços de saúde, elevada descontinuidade do cuidado, barreiras administrativas e distorções no processo de controle social. O Estado do Acre, localizado na Amazônia Ocidental brasileira, reflete o quadro de maior vulnerabilidade dos povos indígenas da Região Norte, que compartilham piores resultados de saúde quando comparados com o restante do país. O objetivo do presente artigo de revisão narrativa da literatura consiste em caracterizar o histórico dos povos indígenas do Acre, segundo aspectos sociodemográficos, epidemiológicos e de políticas de saúde no contexto brasileiro.
Palavras-chave
Saúde de Populações Indígenas; Epidemiologia; Saúde Pública