A transmissão inter-humana, o baixo nível de higiene pessoal, o hábito de coprofagia, entre outros, contribuem para a disseminação de enteroparasitoses em portadores de transtornos mentais. No presente trabalho, verificou-se a ocorrência de enteroparasitas em portadores de transtornos mentais assistidos na Clínica de Repouso São Marcello, Aracaju (SE), no período de fevereiro a maio de 2006, bem como se rastreou os aspectos epidemiológicos de contágio. Para tanto, realizaram-se exames coproparasitológicos, sendo as amostras manipuladas pela técnica de Hoffmann, Pons ou Jannes (1932), e os dados epidemiológicos foram obtidos a partir de questionários aplicados aos responsáveis. Observou-se que 62,22% dos pacientes apresentaram-se infectados por pelo menos um parasito. Percebeu-se, também, uma inadequação no que se refere ao saneamento básico, moradia e hábitos de higiene pessoal. Este estudo realçou a importância de um monitoramento constante com relação às parasitoses e a observância insistente das condições que favorecem a transmissão.
Transtornos mentais; Enteroparasitoses; Epidemiologia