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Autopercepção de saúde em deficientes auditivos adultos no Brasil: inquérito nacional domiciliar

Resumo

A deficiência auditiva (DA) é uma das deficiências mais impactantes em relação à vida social, e 21% apresentam limitação intensa, comprometendo as atividades diárias. No entanto, poucos estudos investigaram autopercepção de saúde na DA. O objetivo deste artigo é verificar a associação entre deficiência auditiva e autopercepção de saúde, bem como fatores relacionados às características auditivas. Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2013) realizada com 1.100 adultos (≥18 anos) com DA. O desfecho estudado foi a autopercepção da saúde, categorizada em boa ou ruim. As razões de prevalência foram analisadas com regressão de Poisson com variância robusta. Para ajuste foram utilizados dados sociodemográficos e características da perda auditiva, como deficiência congênita ou adquirida, tipo de DA, uso de aparelhos auditivos e da limitação das atividades diárias. A maior prevalência de autopercepção de saúde ruim foi associada à surdez adquirida, à limitação das atividades diárias, bem como características sociodemográficas como envelhecimento, sexo feminino, cor de pele preta ou outra e menor nível escolar. A autoavaliação de saúde ruim está relacionada à perda auditiva adquirida, à limitação das atividades diárias e a características sociodemográficas.

Palavras-chave:
Perda Auditiva; Autopercepção de saúde; Inquéritos Epidemiológicos

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