Resumo
Este artigo examina duas experiências de redes sociais desenvolvidas como espaço de fortalecimento das políticas públicas de saúde no contexto brasileiro. O objetivo é descrever e analisar algumas possibilidades de uso das redes sociais como dispositivos vinculados às políticas públicas de saúde, a partir da experiência de dois casos comparados em curso no Brasil: a Rede Humaniza SUS e a Comunidade de Práticas da Atenção Básica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que parte da abordagem de estudo de caso comparados, com ênfase na exploração de dados disponíveis na plataforma pública de ambas as redes e em publicações em torno destas duas experiências. Serão apresentados dados webométricos dos casos estudados, apontando aspectos de diferenciação e semelhança entre eles, a partir de três eixos de análise: (1) marco teórico-conceitual; (2) o design da plataforma, suas funcionalidades e seu processo de sustentação cotidiana; (3) as singularidades das políticas vinculadas. A discussão desses pontos indica que as redes sociais podem funcionar como dispositivos para a formação, para a produção de acervo de experiências, para a colaboração clínica e, especialmente, para a criação colaborativa de espaços de compartilhamento de experiências e reflexão coletiva sobre a construção cotidiana de uma política pública.
Políticas públicas; Redes sociais; Saúde coletiva