Resumo
O presente artigo tem por objetivo compreender de que modo e em que medida equipes interdisciplinares de apoio às escolas públicas no contexto brasileiro e português caracterizam e desenvolvem ações em prol da prevenção à violência. A pesquisa foi realizada a partir de um estudo exploratório, por meio de entrevistas com 24 profissionais seguida de análise temática. Os resultados sugerem que no Programa existente em Portugal a prevenção é sempre apontada como uma possibilidade; enquanto que no brasileiro, além dos discursos que apostam na prevenção, também há menção a limites quanto à realização de práticas preventivas em escolas. Nas localidades investigadas, as ações de prevenção sinalizadas se apresentam de modo incipiente quando comparadas com as preconizadas pela Organização Mundial e Panamericana de Saúde. Discute-se que uma visão mais estratégica do Ministério da Educação e das Secretarias de Educação poderia contribuir para a não responsabilização solitária da instituição escolar pela prevenção da violência e, deste modo, potencializar a redução do fenômeno e favorecer seus efeitos em longo prazo.
Escola; Prevenção; Violência; Programa