Baião; Deslandes (2006)6
|
Abordados os grandes subtemas: “Alimentação: conexões entre a biologia, a cultura e a sociabilidade”; “Ampliando o olhar: a mulher e a alimentação”; “Alimentação, gestação e puerpério: dinâmicas e lógicas socioculturais” |
Necessidade de abordar as questões relacionadas a alimentação na gestação por uma ótica interdisciplinar, satisfazendo necessidades nutricionais, emocionais e sociais, repensando políticas públicas e requalificando a prática assistencial |
Melo et al. (2007)32
|
Questionário estruturado pelas autoras contendo questões sobre hábito de higiene oral, dieta, tabagismo e doença oral seguido de inspeção visual para índice de cárie, placa e condições periodontais |
100% utilizavam o açúcar para adoçar os alimentos e 53% apresentavam uma alta frequência diária de ingestão de açúcar |
Cotta et al. (2009)23
|
Questionários semiestruturados com questões acerca da alimentação, além da aplicação de um QFA qualitativo com 50 itens, com frequência de consumo: diária, uma, duas, três, quatro, cinco ou seis vezes por semana e uma, duas ou três vezes no mês |
90,4% das gestantes com consumo de água abaixo das recomendações; mediana de número de refeições/dia de quatro; média de consumo de sal, açúcar e óleo acima das recomendações; mais de 90% das gestantes consumiam, arroz, feijão, óleo e açúcar diariamente |
Belarmino et al. (2009)18
|
Questionário com questões sobre o consumo diário de alimentos e percepção sobre importância da nutrição adequada. O consumo diário de alimentos foi obtido com “Técnica de alimentação diária habitual”, indicando alimentos consumidos na rotina de 24 horas e que se repetiam pelo menos quatro vezes por semana, categorizados, posteriormente, nos grupos da pirâmide alimentar |
Avaliando café da manhã, almoço e jantar prevaleceu o consumo de massas, carnes, gorduras, doces, sendo baixo o consumo de frutas e verduras; 82,5% acreditavam que a alimentação deveria ser diferente na gestação |
Moimaz et al. (2010)19
|
Diário alimentar com registro de quatro dias, dois de dia de semana e dois de final de semana. A dieta foi considerada cariogênica quando a paciente, diariamente e nos quatros registros alimentares, consumiu mais de três vezes carboidrato e/ou açúcar, consumiu pelo menos uma vez carboidrato de consistência sólida ou pastosa, e/ou consumiu carboidrato entre as refeições principais |
68,8% das gestantes apresentavam dieta cariogênica de acordo com o diário alimentar, valor superior quando a dieta foi classificada somente pela anamnese simples. Houve elevada frequência de consumo de carboidratos fermentáveis, consumidos geralmente entre as principais refeições; consumo elevado de refrigerantes não dietéticos, sucos açucarados, massas, pães, doces industrializados, balas e chicletes |
Reticena; Mendonça (2012)30
|
Questionários elaborados pelos próprios autores, contendo informações sobre frequência de consumo de: cereais, carne vermelha com gordura, carne vermelha sem gordura, doces, frango, frituras, frutas, hortaliças, ovos, peixes e salgadinhos. A frequência de consumo avaliada foi semanal, nas categorias: 1-2 vezes; 3-4 vezes; 5 e mais; às vezes; nunca |
Frutas, hortaliças, café ou chá e leite e derivados tiveram a maior parte das respostas com ingestão em cinco vezes na semana ou mais; cereais e frango como “nunca” ingeridos; carnes, doces, frituras, ovos, peixes, refrigerantes e salgadinhos com a maior frequência em consumidos “às vezes” em uma semana. Verificada bom conhecimento das gestantes da alimentação adequada no pré-natal |
Melere et al. (2013)25
|
Questionário de frequência alimentar semi-quantitativo previamente validado, com 88 itens, com oito opções de frequência de consumo. Criado o Índice de Alimentação Saudável para Gestantes Brasileiras (HEIP-B) embasado no índice americano Alternate Healthy Eating Index for Pregnancy (AHEI-P). Dentro de um escore total de 90 pontos, a classificação da dieta em: Má Qualidade (< 45 pontos), Precisando de Melhorias (45 a 72 pontos) e Boa Qualidade (>72 pontos) |
62,6% das gestantes com dietas classificadas como “precisando de melhorias” |
Hoffmann et al. (2013)24
|
Questionário de frequência alimentar semi-quantitativo previamente validado. Identificação dos padrões alimentares por análise de cluster. Utilizado teste qui-quadrado com resíduos ajustado para investigação de associação dos padrões com variáveis sociodemográficas |
Identificados três padrões alimentares: restrito (bolachas, leite integral, iogurte, salgadinhos e aperitivos, refrigerantes, suco natural, chocolate em pó e sorvete); variado (grãos, cereais e tuberculos, pães bolos e biscoitos, frutas e vegetais, queijo, pizza, maionese, produto de pastelaria, doces e chocolates e sobremesas) e comum brasileiro (arroz, feijão, massa , pão francês, carnes e ovos, margarina, café e açúcar). Houve associação do padrão restrito com gestantes mais jovens, que não moram com o companheiro e só estudam; do padrão variado com mulheres mais velhas que moram com o companheiro, trabalham e têm níveis de escolaridade e renda mais altos; padrão comum-brasileiro com mulheres que não trabalham nem estudam e possuem níveis de renda e escolaridade mais baixos |
Sousa et al. (2013)29
|
Questionário semiestruturado com questões objetivas e subjetivas sobre hábitos alimentares, hábitos sociais e influência da nutrição durante a gestação |
Foi identificada que as gestantes apresentam uma deficiência nutricional, no sentido da alimentação reportada durante a gestação e de sua importância no período, fatores relacionados ao baixo nível educacional e financeiro da população estudada |
Zuccolotto et al. (2013)31
|
Questionário estruturado elaborado com 11 questões acerca da percepção do ambiente alimentar para o consumo de frutas e hortaliças. As categorias de respostas foram genéricas (sempre, às vezes, nunca) ou específicas da questão investigada |
Considerando as duas entrevistas realizadas no estudo a maior parte das gestantes referiu que costumava fazer as refeições fora de casa “as vezes”, com variações entre restaurantes por quilo ou lanchonete, padarias, bares e etc, casas de amigos e parentes. Em relação ao local de aquisição de alimentos, a maior parte das gestantes referiu comprar a supermercados, varejão ou feira livre e lojas de conveniência ou padarias “sempre”. A maior parte das gestantes informou que o local de aquisição de FVL ficava perto da residência sendo escolhido por este motivo ou pela proximidade do trabalho. Quanto a variedade e qualidade de FVL a maioria os considerou muito bom e bom, sendo o preço considerado “mais ou menos”. O questionário pode ser considerado um bom instrumento para essa avaliação pois apresentou boa precisão |
Gomes et al. (2015)16
|
Questionário com questões do Vigitel sobre consumo alimentar. A frequência de consumo era com referência a uma semana, em seis categorias (todos os dias; 5 a 6 dias por semana; 3 a 4 dias por semana; 1 a 2 dias por semana; quase nunca; nunca). O consumo regular foi considerado quando o consumo ocorria em cinco ou mais vezes na semana |
45,7% trocava a refeição principal por lanche uma ou duas vezes na semana; 64,4% das gestantes quase nunca consumia peixes; 69,9% e 86,4% das gestantes consumia refrigerante e bolacha/biscoito pelo menos uma vez por semana, respectivamente. Gestantes consumiram mais leite integral e carne com excesso de gordura do que as não grávidas |
Teixeira; Cabral (2016)17
|
Questionário de frequência alimentar e questões sobre hábitos alimentares genéricos, como a quantidade de refeições/dia, costume de tomar café (com açúcar) frequentemente. O QFA foi dividido em grupos alimentares, com avaliação da ingestão habitual destes grupos de acordo com a Pirâmide Alimentar adaptada para gestantes |
Predominância de 3 a 4 refeições por dia; alta prevalência de consumo diário de frutas, verduras e vegetais, leguminosas, cereais, leite, carnes e baixo consumo de fast food, alimentos ricos em açúcares e/ou gorduras e refrigerante |
Silva et al. (2014)20
|
Questionário estruturado e validado sobre características socioeconômicas, hábitos comportamentais e hábitos dietéticos, estes últimos com questões acerca de potenciais fatores relacionados à infecção por toxoplasmose |
98,1% das gestantes consumiam carne vermelha; 22,5% ingeriam carne malpassada; 69,8% lavavam faca e tábua de corte om água e sabão após manipular carne; 80,6% consumiam fruta frequentemente; 76,9% consumiam vegetais frequentemente; 54,8% ingeriam leite cru; 61,1% consumiam queijo fresco; 61,1% não consumiam linguiça crua |
Sato et al. (2010)21
|
Questionário de frequência do consumo alimentar semi-quantitativo, pré-testado com 13 alimentos relacionados ao estado de ferro (fontes ou estimuladores da absorção) e recordatório alimentar de 24 horas com análise de nutrientes segundo às Dietary Reference Intakes. Os alimentos foram distribuídos nas categorias de consumo “frequente”, “regular” e “raro” de acordo com as recomendações do Guia Alimentar da população brasilera |
Dentre as gestantes, a categoria “consumo frequente” foi a de maior prevalência nos grupos alimentares Carnes/ovos, feijão, folhas verdes, pão, macarrão, frutas cítricas, café e leite/derivados; para vísceras a categoria de maior participação das gestantes foi o consumo regular; a maior parte das gestantes relatou o consumo de biscoitos como raro. Frente as não gestantes mulheres grávidas consumiram mais frutas/suco naturais no almoço e no lanche da tarde e leite e derivados no desjejum. |
Sroka et al. (2010)22
|
Questionário estruturado pré-testado com questões acerca de potencias fatores de risco para infecção por toxoplasmose, incluindo hábitos alimentares, categorizados em consumo sim ou não |
96,1% das gestantes consumiam frango, 52,8% o consumiam mais de duas vezes por semana e 1,6% consumiam carne de frango crua ou mal passada; 69,9% não consumiam carne de porco; 84,4% provavam carne enquanto cozinhavam; 65,7% consumiam leite em pó e 64,1% consumiam leite mais do que duas vezes por semana; 77,9% consumiam queijo e 22,8% mais do que duas vezes por semana; 65,2% consumiam “dindin” e 32,5% o consumiam mais de duas vezes na semana; 78% consumiam hortaliças cruas e 50,2% consumiam hortaliças mais de duas vezes na semana; 63,4% lavavam hortaliças com água não filtrada ou fervida; 79,6% bebiam água filtrada ou fervida |
Eshriqui et al. (2016)26
|
Questionário de frequência alimentar validado. Identificação dos padrões alimentares realizada por análise de componentes principais. Modelos de regressão linear foram utilizados para investigação da associação entre padrões e a pressão arterial |
Foram identificados três padrões alimentares gestacionais: saudável (leite, lácteos, fruta, suco de fruta, vegetais verdes e legumes, peixe, bolo, biscoitos e bolachas e chá); comum-brasileiro (arroz, feijão, temperos naturais, ovos e pães e gorduras) e processado (carnes, doces e açúcares, massas, raízes e tubérculos, fastfood e lanches, embutidos e refrigerantes |
Santana et al. (2015)27
|
Questionário de frequência alimentar adaptado, em processo de validação. Identificação dos padrões alimentares realizada por análise de componentes principais. Utilizada correlação de Pearson para identificar correlação entre os padrões em cada um dos trimestres |
Foram identificados quatros padrões alimentares no primeiro (alimentos processados e preparados; consciente; misto; nutriente) e no terceiro trimestre (processado preparado; tradicional; lanchonete; calórica). Vegetais, frutas, leite e derivados e lanches fritos apresentaram maiores scores no primeiro trimestre; carnes curadas/industrializadas, carne e ovos apresentaram maiores scores no terceiro trimestre. Foram observadas mudanças nos padrões alimentares durante a gestação, especialmente quanto ao consumo de frutas, café, açúcares e doces, gorduras e lanches fritos |
Coelho et al. (2015)28
|
Questionário de frequência alimentar semi-quantitativo validado. Identificação dos padrões alimentares realizada por análise de componentes principais. Modelo de regressão linear multivariado foi utilizado para investigar associação entre os padrões e peso ao nascer |
Foram identificados quatro padrões alimentares: Padrão prudente (leite, iogurte, queijo, frutas e suco natural, biscoito sem recheio e carne de frango/boi/peixe/fígado); Padrão tradicional (feijão, arroz, vegetais, pães, manteiga/margarina e açúcar); Padrão ocidental (batata/aipim/inhame, macarrão, farinha/farofa/angu, pizza/hambúrguer/pastel, refrigerante/refresco e carne de porco/salsicha/linguiça/ovo); Padrão lanche (biscoito recheado, biscoito tipo salgadinhos, chocolate e achocolatado). Houve associação positiva entre o peso ao nascer e padrão alimentar lanche entre as gestantes adolescentes |