Spatial analysis as a tool for identification of priority intervention areas for syphilis prevention

Ramos, Roberta de Souza Pereira da Silva; Ramos, Vânia Pinheiro

doi:10.1590/1413-81232021269.2.33512019

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Sumário

POLÍTICA DE SAÚDE, IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS • Ciênc. saúde coletiva 26 (suppl 2) • 2021 • https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.2.33512019 copy

Spatial analysis as a tool for identification of priority intervention areas for syphilis prevention

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Abstract

The spatial analysis of syphilis constitutes a tool capable of contributing to the establishment of guidelines for action in priority geographic areas for preventive intervention. The scope of the article was to describe the scientific evidence that used geoprocessing as a tool to identify risk areas for syphilis. This is an integrative review of the literature, carried out in the Medline/PubMed, Scopus, Web of Science, Lilacs, Ibecs, Cochrane Library Portal, SciELO, Cuiden and Bdenf databases through cross-referencing between the key words “syphilis,” “spatial analysis,” “geographical information system,” “health education” and “geographical mapping.” A total of 13 articles were analyzed and in most of them syphilis cases were distributed in a heterogeneous manner, not obeying a unique epidemiological profile in relation to the units of analysis. Discordant ecological and spatial effects between syphilis and HIV and the viability of the integrated screening of syphilis with other diseases was revealed. Efficacy and ability of spatial analysis to target specific educational interventions for each reality were revealed, avoiding investment in geographically non-priority areas for syphilis control.

Key words:
Syphilis; Spatial analysis; Geographic information system and geographical mapping

1º autor/Base de Dados	Objetivo	Características metodológicas
Law DC¹¹11 Law DC, Serre ML, Christakos G, Leone PA, Miller WC. Spatial analysis and mapping of sexually transmitted diseases to optimise intervention and prevention strategies. Sex Transm Infect 2004; 80(4):294-299. Pubmed/Medline	Analisar e mapear a distribuição de quatro doenças sexualmente transmissíveis notificáveis (clamídea/ uretrite não gonocócica, gonorréia, sífilis e infecção pelo HIV, para o Condado de Wake, Carolina do Norte, para intervenção	Amostra: 4.553 casos de DST sendo 3% (121) casos de sífilis Estudo Ecológico Rigor metodológico: 9
Gesink Law¹²12 Gesink Law DC, Bernstein KT, Serre ML, Schumacher CM, Leone PA, Zenilman JM, Miller WC, Rompalo AM. Modeling a syphilis outbreak through space and time using the Bayesian maximum entropy approach. Ann Epidemiol 2006; 16(11):797-804. Pubmed/Medline	Descrever as mudanças na distribuição espacial da sífilis antes, durante e após um surto em Baltimore, MD, usando a a entropia máxima bayesiana (BME), uma técnica geoestatística moderna para análise e mapeamento espacial	Amostra: 6.611 casos de sífilis primária, secundária e latente Estudo Descritivo Rigor metodológico: 8
Niccolai LM¹³13 Niccolai LM, Stephens N, Jenkins H, Richardson W, Muth SQ, Rothenberg R. Early syphilis among men in Connecticut: epidemiologic and spatial patterns. Sex Transm Dis 2007; 34(3):183-187. Pubmed/Medline	Descrever a epidemiologia da sífilis precoce entre os homens de Connecticut, região de prevalência moderada, em 2004	Amostra: 55 homens com sífilis precoce Estudo Descritivo Rigor metodológico: 8
Schleihauf E¹⁴14 Schleihauf E, Watkins RE, Plant AJ. Heterogeneity in the spatial distribution of bacterial sexually transmitted infections. Sex Transm Infect 2009; 85(1):45-49. Pubmed/Medline	Elucidar a epidemiologia espacial dos casos de gonorréia, clamídia e sífilis em Nova Gales do Sul (NSW)	Amostra: 7.364 casos de sífilis Estudo Descritivo Rigor metodológico: 8
Yang LG¹⁵15 Yang LG, Tucker JD, Yang B, Shen SY, Sun XF, Chen YF, Chen XS. BMC. Primary syphilis cases in Guangdong Province 1995-2008: opportunities for linking syphilis control and regional development. Public Health 2010; 10:793. Pubmed/Medline	Descrever as características sociais, demográficas e geográficas dos casos de sífilis primária notificados, a fim de segmentar espacialmente os programas de controle da sífilis e analisar as mudanças espaciais no desenvolvimento econômico como um único determinante potencial da variação espacial da sífilis	Amostra: 52.036 casos de sífilis primária Estudo Descritivo Rigor metodológico: 9
Tan NX¹⁶16 Tan NX, Messina JP, Yang LG, Yang B, Emch M, Chen XS, Cohen MS, Tucker JD. A spatial analysis of county-level variation in syphilis and gonorrhea in Guangdong Province, China. PLoS One 2011; 6(5):e19648. Pubmed/Medline	Examinar a associação entre as características sociodemográficas e a sífilis e gonorréia na província de Guangdong	Amostra: 97 Condados Estudo Ecológico Rigor metodológico: 9
Cheng YJ¹⁷17 Cheng YJ, Norris J, Bao CJ, Liang Q, Hu JL, Wu Y, Tang FY, Liu WD, Ding KQ, Zhao Y, Peng ZH, Yu RB, Wang H, Shen HB, Chen F. Geographical information systems-based spatial analysis and implications for syphilis interventions in Jiangsu province, People's Republic of China. Geospat Health 2012; 7(1):63-72. Pubmed/Medline	Determinar a distribuição espacial e os fatores de risco para sífilis na província de Jiangsu, República Popular da China, durante 2005 e 2009 para fornecer estratégias de prevenção e controle futuro da doença	Amostra: Taxas de incidência de sífilis primária, secundária e terciária de 2005 a 2009 Estudo Descritivo Rigor metodológico: 8
Manda SO¹⁸18 Manda SO, Lombard CJ, Mosala T. Divergent spatial patterns in the prevalence of the human immunodeficiency virus (HIV) and syphilis in South African pregnant women. Geospat Health 2012; 6(2):221-231. Pubmed/Medline	Investigar a associação ecológica entre o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sífilis na África do Sul utilizando modelos de mapeamentos conjuntos para múltiplas doenças	Amostra: 33.684 mulheres grávidas (2007), 33.927 (2008) e 33.861 (2009) Estudo Ecológico Rigor metodológico: 9
Wu X¹⁹19 Wu X, Tucker JD, Hong F, Messina J, Lan L, Hu Y, Feng T, Emch ME, Liu X, Zhang C, Wen L. Multilevel and spatial analysis of syphilis in Shenzhen, China, to inform spatially targeted control measures. Sex Transm Infect 2012; 88(5):325-329. Pubmed/Medline	Análise multinível e espacial da sífilis em Shenzhen, na China, para informar medidas de controle espacialmente direcionadas	Amostra: 6.496 casos de sífilis Estudo Ecológico Rigor metológico: 9
Goswami ND²⁰20 Goswami ND, Hecker EJ, Vickery C, Ahearn MA, Cox GM, Holland DP, Naggie S, Piedrahita C, Mosher A, Torres Y, Norton BL, Suchindran S, Park PH, Turner D, Stout JE. Geographic information system-based screening for TB, HIV, and syphilis (GIS-THIS): a cross-sectional study. PLoS One 2012; 7(10):e46029. Pubmed/Medline	Determinar a viabilidade e a taxa de detecção de casos de uma estratégia integrada de rastreio da tuberculose, sífilis e vírus da imunodeficiência humana (HIV) baseada em sistemas de informação geográfica (GIS)	Amostra: 247 participantes Estudo Transversal Rigor metodológico: 8
Zhang W²¹21 Zhang W, Du Z, Tang S, Guo P, Ye X, Hao Y. Syphilis in the economic center of South China: results from a real-time, web-based surveillance program. BMC Infect Dis 2015; 15:318. Pubmed/Medline	Identificar subpopulações demográficas e espaciais que podem ter uma maior carga de sífilis, para informar programas de controle mais direcionados	Amostra: 60.178 casos de sífiliS Estudo Descritivo Rigor metodológico: 8
Petersen J²²22 Petersen J, Gibin M, Sile B, Simms I. Identifying and interpreting spatiotemporal variation in diagnoses of infectious syphilis among men, England: 2009 to 2013. Sex Transm Infect 2016; 92(5):380-386. Pubmed/Medline	Usar a epidemia de sífilis para desenvolver um método de identificação e exploração de clusters espaciais e variações na trajetória de epidemias locais	Amostra: 12.521 casos de sífilis Estudo Descritivo Rigor metodológico: 7
Escamilla V²³23 Escamilla V, Hampton KH, Gesink DC, Serre ML, Emch M, Leone PA, Samoff E, Miller WC. Influence of detection method and study area scale on syphilis cluster identification in North Carolina. Sex Transm Infect 2016; 43(4):216-221. Scopus	Avaliar o impacto do método de detecção de cluster e escala geogrtáfica na identificação das áreas com alta carga de sífilis no Condado de Mecklenburg, um Condado em North Carolina	Amostra: 572 casos geocodificados de sífilis Estudo Ecológico Rigor metodológico: 8

Número do artigo	Evidências
11	Produção de uma imagem mais abrangente do padrão da doença do que a produzida por entrevistas com profissionais de saúde; Redução de custos na medida em que direcionam as áreas prioritárias de atuação das equipes de intervenção e podem identificar os surtos emergentes.
12	A técnica geoestatística de entropia máxima bayesiana (BME) se mostrou útil para descrever quantitativa e qualitativamente o desenvolvimento espacial e a disseminação da sífilis.
13	A análise espacial demonstrou que o local de estudo não era prioritário para ações de intervenção para sífilis, pois não era uma área geoespacial de transmissão da doença.
14	A área postal de residência é um importante preditor da incidência das doenças sexualmente transmissíveis.
15	O local do estudo apresentou-se endêmico para sífilis com áreas de cluster da doença. A aplicação do índice de Moran para avaliar autocorrelação espacial entre os casos de sífilis e as características econômicas serviu para demonstrar que os casos estavam agrupados em municípios com maior PIB (p = 0,004) e em alta proporção na população com educação limitada.
16	As taxas de incidência de sífilis em nível do condado foram significativamente associadas com os percentuais de homens empregados, divorciados e com padrão de vida mais elevado. A análise espacial constatou maior incidência de casos nos municípios com padrão mais elevado de vida e entre os homens heterossexuais.
17	A análise espacial demonstrou a existência de áreas de clusters da incidência de sífilis no local do estudo. Demonstrou-se leve associação da incidência de sífilis com as áreas de maior temperatura; correlação positiva com o transporte demonstrando que os trabalhadores migrantes representavam um grupo de risco para transmissão e ausência de correlação com o índice de vegetação por diferença normalizada durante as quatro estações do ano. Foi observado que os recursos hídricos não podem influenciar a transmissão da sífilis diretamente.
18	Foi demonstrada correlação negativa entre a sífilis e o HIV, os efeitos da densidade populacional e do índice de privação (material e social) foram positivamente associados ao HIV, mas negativamente a sífilis. A análise espacial demonstrou maior prevalência de sífilis nas partes ocidentais e entre as regiões mais rurais do noroeste do local do estudo.
19	O estudo demonstrou agrupamento espacial significativo da sífilis primária/secundária e sífilis latente. No nível individual, a média de idade dos casos de sífilis foi de 34,3 e as ocupações mais comuns associadas aos casos da doença foram trabalhadores, desempregados ou dona-de-casa e serviços empresariais. Ao nível dos bairros, houve considerável heterogeneidade dos casos da doença com maior propensão a ter sífilis primária/secundária entre os jovens migrantes. Não houve associação entre os casos da doença e os locais onde se realizam a prática de sexo comercial e os distritos com maior Produto Interno Bruto estiveram fortemente associdos aos locais com prevalência mais alta de sífilis.
20	A análise espacial identificou duas áreas de “hot spots” (áreas com mais e dez casos das três doenças por período de três anos) no condado estudado. Não houve correlação entre as áreas de maior densidade populacional com as áreas identificadas como “hot spots”. Foi observado que a detecção integrada de TB, HIV e sífilis baseada em dados geoespaciais é viável. podendo ser um recurso entre populações com maior carência de atendimento de saúde.
21	A análise espacial permitiu a identificação da região epidemiológica com maior fardo da doença e prioritária para práticas intervencionistas e de controle. Houve menor incidência de casos de sífilis primária, secundária e latente nos meses de inverno e de sífilis primária e secundária na populaçao entre 20-39 anos. A maior incidência de sífilis latente foi observada no grupo etário acima de 20 anos e de sífilis primária e secundária no grupo acima de 50 anos. Quanto ao estado conjugal, educação e forma de aquisição mais provável da sífilis, a população casada e com ensino médio obteve a maior proporção da infecção e aproximadamente a metade dos casos de sífilis latente foram originalmente infectados através de relações heterossexuais.
22	A anáise espacial demonstrou que Londres carrega o maior peso dos diagnósticos de sífilis em termos de incidência, densidade e números absolutos, obtendo uma taxa de incidência cinco vezes maior do que o resto da Inglaterra no período do estudo. A maioria dos diagnósticos foram observados em áreas endêmicas; Os clusters espaço-tempo, que incluíam 10% de todos os diagnósticos, foram encontrados em áreas urbanas e rurais estando significativamente associados a uma maior proporção de diagnósticos feitos em homens nascidos no Reino Unido e com idade inferior a 25 anos e proporções mais baixas de homosexuais, homens co-infectados por HIV e com idade entre 35-44 anos.
23	O estudo mostrou maiores taxas de incidência de sífilis primária e secundária no centro de Charlotte e diminuição das taxas a medida que a distância do Centro aumentava. Foi demonstrado que a detecção dos clusters de sífilis realizados pela estatística local de Moran e pela estatística de varredura espacial de Kulldorff podem diferir.

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[1] Colaboradores

RSPS Ramos: planejamento da pesquisa, coleta dos dados, análise e discussão dos resultados, redação do artigo. VP Ramos: revisão crítica e adequação as normas da revista; redação do artigo.