O presente ensaio tem como objetivo analisar criticamente as limitações atuais do planejamento familiar aplicado na saúde pública e propor mudanças considerando o modelo das ciências sociais aplicadas à saúde e a perspectiva do desenvolvimento familiar. A proposta deste trabalho surgiu do elevado número de mulheres que solicitara o auxílio maternidade na região do Recôncavo da Bahia no ano de 2006. Através da análise das variáveis e dos métodos envolvidos no planejamento familiar, foi possível verificar as seguintes falhas: responsabilidade e participação exclusiva das mulheres, foco no indivíduo, o número de filhos como principal meta do planejamento, modelo biológico, desconsideração dos aspectos socioculturais. Neste ensaio, apresentamos a proposta de planejamento familiar na perspectiva do desenvolvimento, que será testada como modelo de intervenção em um estudo futuro.
Planejamento familiar; Variáveis socioeconômicas; Desenvolvimento familiar