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Prevalência de fluorose dental em regiões abastecidas com água sem suplementação de flúor no território brasileiro: uma revisão sistemática e metanálise

Resumo

Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise para estimar e comparar as prevalências de fluorose dental em localidades brasileiras abastecidas com água tratada sem suplementação de flúor e em localidades que utilizam de água de origem subterrânea. Em dezembro de 2016 foram buscados estudos transversais em 8 bases de dados incluindo a “literatura cinzenta”. As prevalências foram estimadas utilizando modelo misto de efeitos aleatórios considerando as localidades como subgrupo. A heterogeneidade entre os estudos foi avaliada através da estatística I2 e do teste Q de Cochran. Foram encontrados 1.038 registros, dos quais apenas 18 artigos preencheram os critérios de inclusão, sendo submetidos para análise. O modelo metanalítico estimou em 8,92% (IC95%:5,41% até 14,36%) a prevalência de fluorose dental em municípios com água tratada sem suplementação de flúor e em 51,96% (IC95%: 31,03% até 72,22%) em municípios abastecidos por poços artesianos. A heterogeneidade entre os estudos foi alta, I2 = 95% (p < 0,01) no primeiro subgrupo de municípios e I2 = 98% (p < 0,01) no segundo subgrupo. A prevalência foi significativamente maior (p < 0,001) em populações expostas à água de poços artesianos, indicando que a presença de flúor natural em concentrações elevadas representa um fator de risco para a ocorrência de fluorose dental.

Palavras-chave
Fluorose dentária; Prevalência; Saúde pública

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