Trata-se de uma pesquisa qualitativa de inspiração teórica humanista acerca das vivências de estagiários do curso de graduação em psicologia da PUC-Campinas na área da Saúde/Clínica, na atenção básica em saúde pública, como participantes de equipes de saúde da família. Participaram seis estagiários do último ano do curso, alocados em dois Centros de Saúde-Escola da região Noroeste de Campinas. A metodologia utilizada foi de cunho etnográfico. O processo para composição dos dados foi produzido em dois momentos: a) registro semanal em diário pessoal de cada estagiário, durante cinco meses; b) entrevistas individuais, semidirigidas, ao final do período letivo. Estes dados foram analisados a partir de uma leitura fenomenológica. Encontraram-se fases evolutivas no processo de formação do estagiário. Inicialmente, a experiência foi vivenciada com surpresa e estranhamento, gerando sentimentos contraditórios de inadequação frente à inexperiência para o trabalho em equipe. No entanto, por terem sido acolhidos e compreendidos pela equipe, ocorreu uma transformação de natureza pessoal e formativa, considerada muito enriquecedora, simbolizada como vivência singular de pertencimento, motivando esforços para prática clínica integradora e criativa.
Práticas psicológicas em instituição; Saúde da família; Psicologia humanista; Formação de psicólogos