Acessibilidade / Reportar erro

Trabalhadoras migrantes latino-americanas e violências: rumo a uma visão interseccional?

Resumo

A história da sociedade latino-americana é influenciada pela colonização que subjugou, sobretudo, as mulheres não brancas às violências de gênero, ao racismo e ao sexismo. Este artigo tem por finalidade discutir o trabalho de migrantes latino-americanas a partir da abordagem interseccional, para se pensar nas realidades históricas e sociais de mulheres latinas, que se deslocam para a procura de emprego ou para escapar das violências sofridas no meio social. Mediante as contribuições da socióloga Patrícia Collins, são discutidos o conceito de interseccionalidade e os temas pertinentes às análises interseccionais (relacionalidade, relações de poder, desigualdade social, contexto social, a complexidade e justiça social). A interseccionalidade como teoria social crítica em construção aprofunda as análises das opressões vividas pelas trabalhadoras migrantes, como a xenofobia, o racismo, as inclinações ao trabalho escravizado e/ou à exploração sexual, as condições de trabalho precarizadas etc. Pensar nas violências sofridas pelas trabalhadoras latino-americanas sob a perspectiva interseccional é escutá-las, compreender suas resistências, visibilizar as ações coletivas e garantir que políticas públicas sejam implementadas, considerando as experiências e as perspectivas dessas trabalhadoras.

Palavras-chave:
Teoria interseccional; Migração laboral; Xenofobia; Racismo; Sexismo

ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Av. Brasil, 4036 - sala 700 Manguinhos, 21040-361 Rio de Janeiro RJ - Brazil, Tel.: +55 21 3882-9153 / 3882-9151 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cienciasaudecoletiva@fiocruz.br