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O suicídio no estado de São Paulo, Brasil: comparando dados da Segurança Pública e da Saúde

Suicide in the state of São Paulo, Brazil: comparing Public Safety and Health data

Resumo

O suicídio afeta pessoas de quase todas as idades e tem elevado custo social e econômico. Sabe-se, porém, que sua ocorrência é subestimada. O objetivo deste artigo é estudar o suicídio em São Paulo segundo dados da Segurança Pública, comparando com os do Ministério da Saúde (SIM/MS), a fim de mensurar possíveis ganhos de informação. Foi elaborado um banco (Banco SSP) a partir de planilhas de boletins de ocorrência policial, complementado com informações do Instituto Médico Legal, o qual foi comparado com os dados do SIM/MS. O Banco SSP (2.469) mostrou-se 7,5% mais elevado que o SIM/MS (2.297), resultados que se refletiram no sexo e idade das vítimas, mostrando taxas mais elevadas em homens idosos (taxa 12,8 por 100 mil habitantes). Quanto ao meio utilizado, verificou-se predomínio do enforcamento (60,2%); 92,5% de casos não especificados puderam ser esclarecidos, verificando-se aumento nas mortes por intoxicações exógenas (55,7%). O histórico policial permitiu conhecer variáveis consideradas como possíveis fatores de risco para o suicídio, como menção a transtornos mentais (39,4%), outras patologias (5,0%), outros problemas (23,2%) e tentativas anteriores (10,0%). A fonte estudada possibilitou ganho quantitativo e qualitativo em relação ao SIM/MS.

Palavras-chave:
Suicídio; Epidemiologia; Mortalidade; Causas externas; Sistemas de informação em saúde

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