1. Orientação às necessidades de saúde e à integralidade do cuidado |
Necessidades de saúde – historicamente construídas – compreendidas como fenômenos complexos que abrangem as dimensões biológica, psicossocial e cultural. Integralidade do cuidado como resposta articulada de profissionais, de serviços e de diferentes lógicas para o atendimento das necessidades de saúde individuais e coletivas. Atendimento igualitário, independente de idade, sexo, religião, opção sexual, política ou inserção socioeconômica e cultural. Pactuação e compartilhamento da responsabilidade pelos profissionais e gestores da rede de atenção à saúde, com vistas ao cuidado integral à saúde das pessoas e populações. |
10,00 |
0,00 |
2. Orientação a resultados que agreguem valor à saúde e à vida |
Emprego de padrões para a melhoria da eficiência, eficácia e efetividade clínica, visando reduzir uso de recursos desnecessários e considerando o valor agregado à qualidade de vida e à saúde dos usuários. Uso de indicadores de resultado voltados para a promoção de estilos de vida saudável e a redução de riscos, vulnerabilidade e danos |
8,14 |
1,57 |
3. Orientação e responsabilização com os interesses coletivos |
Tomada de decisões orientadas pelas diretrizes dos sistemas de saúde, por meio da utilização de diversas perspectivas. Petição e prestação de contas nos serviços/instituições envolvidos na rede de atenção à saúde. Garantia de espaços formais e de voz/escuta para os distintos grupos de interesse. Transparência na comunicação/ informações com as pessoas, populações, mídia e sociedade. Promoção do controle social por meio de instâncias colegiadas representativas. |
8,14 |
2,41 |
4. Obtenção do máximo benefício, sem causar danos, no cuidado em saúde. |
Redução do risco inerente ao processo do cuidado e aumento da segurança dos profissionais e dos usuários dos serviços de saúde. Redução do dano ao mínimo possível. Redução da variabilidade nas decisões clínicas e otimização dos resultados com base nas melhores evidências disponíveis. |
9,57 |
0,79 |
5. Articulação das racionalidades da gestão e clínico-epidemiológica |
Incorporação das perspectivas clínico-epidemiológica e da gestão na produção do cuidado. Implementação de processos de monitoramento das decisões clínicas com a participação dos envolvidos, promovendo autonomia e responsabilização dos profissionais e equipes. Perfis de competência de profissionais de saúde que incluam capacidades de gestão como estratégia na busca por melhores respostas em relação às necessidades de saúde das pessoas e sociedades. |
8,43 |
1,13 |
6. Articulação e valorização dos diferentes saberes e práticas em saúde para o enfrentamento da complexidade dos problemas de saúde |
Valorização do reconhecimento dos valores das pessoas sob cuidado, dos usuário, da família, visando maior efetividade. Elaboração de planos terapêuticos orientados por necessidades de saúde. Parceria ensino-serviço para atuar na formação e capacitação de profissionais de saúde, articulando diferentes visões dos envolvidos. Trabalho em equipes multiprofissionais com abordagem interdisciplinar. Diálogo com saberes populares no cuidado da saúde. Articulação com as práticas integrativas e complementares. |
8,00 |
3,65 |
7. Compartilhamento de poder e corresponsabilização entre serviços e profissionais que atuam conjuntamente na gestão de cuidado |
Responsabilidade compartilhada pelo cuidado entre profissionais, pessoas sob cuidado, usuários, famílias, comunidade e gestores. Processo decisório das redes de atenção com participação dos serviços/ profissionais envolvidos e mecanismos de gerenciamento que promovam a corresponsabilização e articulação entre diferentes ambientes e níveis de cuidado. Sistemas de informação e comunicação acessíveis, oportunos, eficazes para profissionais e serviços com vistas à qualificação do cuidado. Definição e pactuação da responsabilidade de cada ponto da rede de atenção à saúde na promoção de um cuidado integral voltado aos interesses coletivos. Estabelecimento de processos articulados e de cooperação entre atores (incluindo usuários) e instituições envolvidos na rede de atenção à saúde. Valorização da participação e estímulo à autonomia e criatividade dos profissionais na construção coletiva dos planos de cuidado. Trabalho em equipe, respeitando diferentes saberes e potencialidades. |
7,86 |
3,67 |
8. Reconhecimento do outro como sujeito legítimo no compartilhamento da decisão |
Pessoa sob cuidado/usuário como sujeito na gestão do cuidado, considerando legítimas suas opiniões e desejos. Decisão sobre o cuidado compartilhada na equipe. Ações educacionais orientadas ao respeito e à aceitação das pessoas como sujeitos legítimos na tomada de decisões sobre a própria saúde e modo de lidar com a vida. |
7,57 |
3,82 |
9. Adoção da reflexividade onde pensamento e ação coexistem, se influenciam mutuamente na reprodução e transformação das práticas |
Diálogo reflexivo entre as ações da gestão da clínica e as informações acerca da realidade onde se insere tais ações. Compreensão das atividades da gestão da clínica como passíveis de serem revistas à luz de novas informações. Avaliação e reformulação permanentes das práticas da gestão da clínica à luz de informações renovadas sobre elas próprias. |
8,00 |
3,70 |
10. Reconhecimento da capacidade de aprender a aprender das pessoas e das organizações frente à incompletude do saber |
Valorização da inovação e da melhoria de processos de cuidado. Reconhecimento do esforço para a superação de dificuldades ou limitações no trabalho em saúde. Promoção da autonomia de pacientes, familiares e equipes na produção de saúde. Investigação ampliada das necessidades de saúde com formulação de questões e hipóteses na identificação dos problemas e na produção do cuidado. Desenvolvimento de práticas educativas que respeitam e consideram o conhecimento prévio de todos os envolvidos. Práticas educativas que levam em conta o contexto sociocultural individual, do serviço, da instituição ou rede. Produção do conhecimento e da aprendizagem a partir da realidade do trabalho em saúde e dos problemas do cotidiano, com estímulo ao pensamento crítico e reflexivo e transformação das práticas. Geração e disseminação de conhecimentos relevantes à produção do cuidado da saúde das pessoas e à qualidade dos serviços produzidos. Utilização de erros e acertos como subsídios para a melhoria de desempenho. Facilitação do acesso às informações e política de comunicação que favoreçam canais de comunicação entre profissionais e serviços da rede de atenção à saúde. Desenvolvimento da auditoria clínica na perspectiva de uma aprendizagem problematizadora |
9,83 |
0,41 |