Trata-se de um estudo do tipo revisão sistemática, com base na modalidade revisão integrativa, que objetivou analisar as características do conhecimento produzido sobre o crack pelos cursos de mestrado e doutorado brasileiros. O corpus de investigação foi composto por 33 trabalhos (18 dissertações e 15 teses), sendo que 51,5% dos estudos pertencem à área das Ciências da Saúde, com destaque para o Programa de Pós-Graduação de Psiquiatria (e Psicologia Médica) que produziu cinco dissertações/teses. Os saberes acerca da epidemia são oriundos, em sua maioria (51,5%), da Universidade Federal de São Paulo e da Universidade de São Paulo, tendo a região Sudeste concentrado 81,8% dos estudos. As temáticas mais investigadas foram: alterações orgânicas, tráfico de drogas e consumo de crack, HIV/aids, e modelos e estratégias de tratamento. Concluiu-se que o conhecimento "stricto sensu" brasileiro sobre o crack é ainda incipiente, pontual e pouco resolutivo, embora promissor frente às demandas e implicações que esta epidemia impõe à sociedade.
Cocaína; Crack; Drogas ilícitas; Gestão do conhecimento para a pesquisa em saúde