Carlos et al., 20172020 Carlos DM, Pádua EMM, Ferriani MG. Violência contra crianças e adolescentes: o olhar da atenção primária à saúde. Rev Bras Enferm 2017; 70(3):537-544. Brasil/Estudo qualitativo |
41 participantes/ Nível 6 |
Analisar o cuidado realizado por profissionais da APS junto a famílias envolvidas na violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes |
A Atenção Primária à Saúde dispõe de tecnologias necessárias para o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes. Dentre estas, o acolhimento representa umas das principais, pois minimiza possíveis barreiras de acesso, facilitando o acesso a família e auxiliando no entendimento de sua dinâmica. Outras estratégias seriam as reuniões entre equipes e matriciamento. |
Carlos et al., 20173030 Carlos DM, Pádua EMM, Ferriani MGC. Rede de atenção às famílias envolvidas na violência contra crianças e adolescentes: a perspectiva da Atenção Primária à Saúde. J Clin Nurs 2017; 26:15-16. Brasil/Estudo qualitativo |
41 participantes/ Nível 6 |
Compreender a rede de cuidado às famílias envolvidas na violência familiar contra crianças e adolescentes na perspectiva da APS |
Evidencia que a rede de enfrentamento à violência apresenta barreiras no cotidiano dos profissionais envolvidos. Entre elas estariam as relações não institucionalizadas, a não identificação de parceiros e relações enfraquecidas entre setores. Apesar do Conselho Tutelar e o Juizado de Menores apresentarem-se como instituições de proteção a crianças e adolescentes no Brasil, mas mesmas apresentam vínculos fracos com a APS. |
Dosari et al., 20171818 Dosari MS, Ferwana M, Addulmajeed I, Aldrossari KK. Parent's perceptions about child abuse and their impacto on physical and emotional child abuse: a study from primary health care centers in Riyadh, Saudi Arabia. J Family Community Med 2017; 24(2):79-85. Arábia Saudita/ Estudo transversal |
200 participantes/ Nível 6 |
Determinar a percepção dos pais sobre o abuso infantil e seu impacto no abuso físico e emocional de crianças |
O estudo identificou fatores de risco para o abuso infantil, onde os pais utilizavam a punição física como forma de educar os filhos. Quanto mais jovens os pais, maiores os números quanto ao abuso físico aos filhos. História pregressa de abuso dos pais remete a repetição do ato violento aos filhos. Contudo, os fatores de riscos podem ser identificados no monitoramento das atitudes dos pais pelos profissionais da APS. |
Lewis et al., 20172525 Lewis NV, Larkins C, Stanley N, Szilassy E, Turner W, Drinkwater J, Feder GS. Training in domestic violence and child safeguarding in general practice: a evaluation of the method of a pilot intervention. BMC Farm Pract 2017; 4(18):18-33. Reino Unido/Estudo misto |
46 participantes/ Nível 6 |
Implementar treinamento e avaliar sua aceitabilidade e a direção de mudanças nos resultados a curto prazo. |
O estudo evidencia a aplicação de um treinamento para profissionais para clínicos gerais para abordagem a violência doméstica contra crianças e adolescentes. O treinamento possibilitou mudanças na confiança dos profissionais, onde se sentiam mais seguros para abordagem em casos de violência. Tais treinamentos possibilitam a mudança de práticas e aumento de conhecimento, fazendo com que os profissionais s sintam seguros na abordagem. |
Maia et al., 20162424 Maia JNM, Ferrari RAP, Gabani FL, Tacla MTGM, Reis TB, Fernandes MLC. Violência contra criança: cotidiano de profissionais na atenção primária à saúde. Rev Rene 2016; 17(5):593-601. Brasil/Estudo qualitativo |
180 participantes/ Nível 6 |
Aprender o cotidiano de profissionais do serviço de atenção primária de saúde frente a casos de violência contra crianças e adolescentes |
Foi observado a facilidade dos Agentes Comunitário de Saúde em identificar casos de violência contra crianças e adolescentes. Contudo, enfermeiros e médicos também identificavam esses casos em consultas. Os profissionais demonstraram não se sentirem preparados para lidarem com os casos de violência. Assim, referenciaram que as principais dificuldades estariam relacionadas a ineficiência do serviço de saúde, seja pela falta de capacitação ou ausência de protocolos. Havendo a necessidade de um suporte de uma equipe multiprofissional. Apesar disso, evidenciaram facilidade para enfrentamento a violência, entre elas as ações no território adscrito e vínculo com a comunidade. |
Egry et al., 20162323 Egry EY, Apostólico MR, Morais TCP, Lisboa CCR. Enfrentar a violência infantil na atenção básica: como os profissionais percebem? Rev Bras Enferm 2016; 70(1):113-119. Brasil/Estudo descritivo com abordagem qualitativa |
22 participantes/ Nível 6 |
Conhecer a percepção dos profissionais de saúde que atuam na Atenção Básica acerca da violência infantil |
O estudo demonstra a necessidade de capacitação dos profissionais da APS quanto ao enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Pois evidencia-se que limitações e dificuldades nesse enfrentamento e conhecimento insuficiente para abordagem adequada. Demonstram também a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e intersetorial aos casos de violência. |
Talsma et al., 20152929 Talsma M, Brstrom KB, Ostberg AL. Facing suspected child abuse - what keeps Swedish general practitioners from reporting to child protective services? Scand J Prim Health Care 2015; 33(1):21-26. Suécia/Estudo transversal |
117 participantes/ Nível 6 |
Examinar o relato de suspeita de abuso infantil entre clínicos gerais suecos e investigar fatores que os influenciam em suas decisões de reportar ou não serviços de proteção à criança |
Entres os profissionais estudados, um a cada cinco relatou que não relatou suspeita de violência infantil, entre os motivos citados estão: incerteza sobre a violência e uso de estratégias alternativas, tais como encaminhar a criança a outros profissionais de saúde e o acompanhamento familiar. Os profissionais desconheciam a presença de um protocolo em suas clínicas de atuação para abordagem a crianças vítimas de violência. Entre as formas mais comuns de violência, houve predomínio da negligência. Os participantes do estudo destacam a necessidade de educação permanente sobre a temática. |
Porto et al.,20142121 Porto RTS, Bispo Júnior JP, Lima, EC. Violência doméstica e sexual no âmbito da estratégia saúde da família: atuação profissional e barreiras para o enfrentamento. Physis 2014; 24(3):787-807. Brasil/Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa |
18 participantes/ Nível 6 |
Analisar a percepções dos profissionais da saúde da família a respeito do enfrentamento da violência doméstica e sexual |
O texto demonstra que os profissionais reconhecem a complexidade da violência doméstica e sexual da ESF, contudo eles apresentam dificuldade na identificação das vítimas. Junto a isso, apresentam dificuldades e limitações e apresentam despreparado na abordagem e acompanhamento dos casos. |
Moreira et al., 20142828 Moreira L, Santos HR, Gonçalvez E, Souza FC, Scussel JL, Vieira P. A educação permanente em saúde e sua relação com o empoderamento: reflexões a partir das agentes comunitárias de saúde. Rev Teias 2013; 14(34):163-190. Brasil/Análise do cuidado ao usuário a partir de casos traçadores |
27 participantes/ Nível 6 |
Analisar estratégias de cuidado por equipes de saúde da família frente a situações de violência doméstica decorrentes de situações de violência contra crianças e adolescentes |
A falta de preparo dos profissionais faz com que potencializem sentimentos de medo e angústia, fazendo com que eles desempenhem ações inadequadas ou com pouca resolutividade. Demostra necessidade de espaços para discussão que abordem ações e orientações da equipe multiprofissional. Outro ponto de destaque é fornecer condições para que o usuário apresente autonomia nas tomadas de decisão na definição do seu projeto terapêutico. Há de se enfrentar a violência junto a uma abordagem intersetorial. |
Rolim et al., 20142727 Rolim ACA, Moreira GAR, Gordim SMM, Paz SS, Vieira LJES. Fatores associados à notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes realizada por enfermeiros na atenção primária à saúde. Lat-Am Enferm 2014; 22(6):1048. Brasil/Estudo transversal |
616 participantes/ Nível 6 |
Analisar os fatores associados a notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes realizadas por enfermeiros que atuam na APS |
O estudo demonstra que mais da metade dos enfermeiros relataram não ter identificado casos de violência contra crianças e adolescentes. Dos que afirmaram identificar, os achados eram fornecidos pelos relatos das vítimas, parentes ou outros. Mais da metade dos enfermeiros relatou não notificar a violência. Justificam pela ausência de materiais e estrutura física frágil das unidades de saúde, porém é sabido que saber para quais instâncias encaminhar é fundamental para que o número de notificações aumente. |
Moreira et al., 201477 Moreira GAR, Vieira LJES, Derlandes, SF, Pordeus MA, Gama IS, Brilhante AVM, Fatores associados à notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes na atenção básica. Cien Saude Colet 2014; 19(10):4267-4276. Brasil/Estudo transversal |
381 participantes/ Nível 6 |
Analisar os fatores associados à notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes na APS. |
Evidenciaram no estudo que o número de notificações de violência não corresponde aos casos de violência identificados, sendo as notificações inferiores ao esperado. Demonstrando que a notificação dos casos de violência contra crianças e adolescentes não é uma prática comum pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde, está a subnotificação relacionada ao medo e ausência de proteção desses profissionais, bem como o desejo de não estarem envolvidos de forma legal na notificação da violência. O despreparo dos profissionais em lidarem com os casos é demonstrado. |
Apostólico et al., 20131919 Apostólico MR, Hino O, Egry EY. As possibilidades de enfrentamento da violência infantil na consulta de enfermagem sistematizada. Rev Esc Enferm USP 2013; 47(2):320-327. Brasil/Estudo descritivo com abordagem qualitativa |
412 participantes/ Nível 6 |
Identificar os limites e potencialidades da Classificação Internacional de Prática de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC) na consulta de enfermagem com crianças vítimas de violência doméstica |
Observou-se despreparado dos profissionais em abordar violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. Havendo o despreparado na identificação de casos decorrentes de negligência ou ausência de condições financeiras da família. Ainda, há a medicalização da violência e os profissionais demonstraram sobrecarga emocional ao lidarem com os casos. Apesar da nomenclatura da CIPESC possuir diagnósticos para casos de violência, os profissionais utilizam outros diagnósticos e não especificamente o da violência, dificultando sua visibilidade. |
Dubowitz et al., 20123131 Dubowitz H, Lane WG, Semiatin JN, Magder LS. The SEEK Model of Pediatric Primary Care Can Child Maltreatment Be Prevented in a Low-Risk Acad Pediatr 2012; 12(4):259-268. Estados Unidos/Ensaio clínico |
1.119 participantes/ Nível 3 |
Examinar a eficácia do Safe Environment for Every Kid (SEEK), modelo de atenção primária pediátrica para ajudar a reduzir maus-tratos a crianças em uma população de risco relativo |
As mães submetidas ao modelo aplicado relataram que realizaram um número menor de agressões psicológicas àquelas do grupo controle. Houve também menores números de agressões físicas quando comparadas ao grupo controle. Então, o modelo utilizado no estudo foi associado a redução de agressões maternas psicológicas e físicas às crianças, auxiliando no fortalecimento e enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes na atenção primária pediátrica. |
Ramos e Silva, 20111717 Ramos MLC, Silva AL. Estudo sobre violência doméstica contra a criança em unidades básicas de saúde do município de São Paulo - Brasil. Saude Soc 2011; 20(1):136-146. Brasil/Estudo qualitativo |
21 participantes/ Nível 6 |
Saber como os profissionais da ESF atuam ao se depararem com situações de violência doméstica contra crianças e adolescentes, descrever os diferentes tipos de violência doméstica identificados por esses profissionais e analisar suas ações no atendimento à criança e sua família |
Dentre os tipos de violência, identificou-se comportamentos negligentes por parte dos familiares à criança, sendo sinais físicos identificados pelos profissionais. Os tipos apresentados são: negligência, maltrato físico, psicológico e abuso sexual. Assim, as ações realizadas pelos profissionais estavam voltadas a educação e repasse de informações por meio de conversa com grupos familiares e comunidade. Outras seriam os encaminhamentos para serviços hospitalares e conselho tutelar. |
Andrade et al., 20112222 Andrade EM, Nakamura E, Paula CS, Nascimento R, Bordin IA, Martin D. A visão dos profissionais de saúde em relação à violência doméstica contra crianças e adolescentes: um estudo qualitativo. Saude Soc 2011; 20(1):147-155. Brasil/Estudo qualitativo |
21 participantes/ Nível 6 |
Compreender a experiência dos profissionais de saúde sobre violência doméstica contra crianças e adolescentes |
Os profissionais demonstraram dificuldades de lidar com a violência em sua área adscrita. Entre elas, o medo de se envolverem com sujeitos perigosos na comunidade e ameaças. Contudo, desempenham ações entre elas o encaminhamento dos casos ao Conselho Tutelar ou polícia. Relatam não se sentirem amparados e capacitados para lidarem com a complexidade do fenômeno. |